domingo, 2 de junho de 2013

"O SACRIFÍCIO" ("THE WICKER MAN", 2006)

Nicolas Cage é um ator que dificilmente as pessoas  levam a sério. Seus filmes, em sua maioria, são bastante ruins (o melhor dele, sem dúvida, é o drama "Despedida em Las Vegas", em que teve uma boa atuação). Quando não são seus filmes, são seus personagens  que parecem feitos sob medida para o ator "pagar mico". É o que acontece no fraquíssimo suspense "O Sacrifício", filme de 2006 que foi um grande fracasso de bilheteria, primeiro nos Estados Unidos, depois no resto do mundo.

Não sem razão, o filme é um fracasso. 

A película é baseada em um filme homônimo da década de 70, chamado de "The Wicker Man", cuja tradução no Brasil foi "O Homem de Palha". É um filme hoje cultuado por alguns críticos, que insistem em colocá-lo como uma grande criação do gênero terror, tese a qual não consegui aderir. Assim como o mais recente de 2006, o anterior não funciona assim tão bem e é um filme para poucos.

Mas voltando à produção com Nicolas Cage, o filme é precário em matéria de suspense e terror. Não cria clima algum, tem um personagem principal que beira o risível e um elenco de apoio que também não ajuda. 

A história é até certo ponto interessante. Nela, Nicolas Cage vive um papel de um policial que, certa feita, recebe uma carta de uma ex-namorada, moradora de uma ilha, pedindo ajuda para que ele ache a filha dela (supostamente, a filha também seria dele). Assim, Cage vai para a ilha, terra onde funciona uma sociedade matriarcal e pagã, não sendo bem recepcionado. Lá, um lugar estranhíssimo com gente mais estranha ainda, existe inclusive uma cerimônia de "colheita", onde sacrificam-se seres humanos para um "homem de palha", o mesmo que dá nome ao filme. Cage passa, então, a uma investigação desesperada, com direito a muitas alucinações, para se encontrar a menina supostamente desaparecida.

A premissa interessante, entretanto, dá lugar a um filme vazio de suspense e emoção. O que se vê o tempo todo é Cage com uma arma na mão, ameaçando a tudo e a todos, com uma autoridade que ele não tem. Chega a ser patética a forma como o filme é conduzido e a atuação de Cage.

Resta, então, esperar o final, que também não convence ninguém.

Resta, então, esquecer o filme. 

COTAÇÃO: BOMBA

SUCESSO DE BILHETERIA: Não, um fracasso total.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Não, mas há controvérsias. Há quem já me relatou ter gostado do filme.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não, um fiasco total.

PRÊMIOS: Nenhum. 

2 comentários:

  1. Olá Carlos,

    Acho que os personagens do Nicolas Cage são aqueles que dificilmente as pessoas levam a sério, e não o próprio ator. Não concordo com você, quando fala que os filmes dele são ruins. Acho que os personagens dele, na maioria das vezes, faz a mocinha se apaixonar e vai embora. Neste ponto não gosto, nada romântico da parte dele. Até chega a irritar!!!! Mas o filme "Sacrifício", realmente, é um sacríficio assistir. É uma vez para nunca mais. Até que a história é bem bolada, acho que tem suspense sim, o fracasso é o final. Nunca vou esquecer a imagem do personagem sendo queimado e com os olhinhos abertos. É terrível!!!! Não é aconselhável. É assistir e ficar com raiva. Não gosto de nem lembrar. Como bem escreveu: resta, esquecer o filme.

    Abraços, Lírio.

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  2. Olá, Lírio, tudo bem contigo?

    Muito relevantes os seus comentários.

    O Nicolas Cage é um ator que já demonstrou potencial, como eu mesmo disse, em filmes como "Despedida em Las Vegas" e mesmo em "Motoqueiro Fantasma". Mas em outros não foi bem, como em "O Vidente" e neste "O Sacrifício".

    Vc tem razão quando diz sobre os personagens dele - dificilmente as pessoas levam a sério, de fato.

    Interessante que vc ainda observou um ponto em comum dos personagens do ator - faz a mocinha se apaixonar e vai embora - o que é uma crueldade e não é nada romântico mesmo.

    O final deste "Sacrifício" deixa mesmo a desejar. É a pior parte do filme.

    Um super abraço e espero que continue sempre nos prestigiando com sua leitura,
    Carlos

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