segunda-feira, 26 de agosto de 2013

"HANNAH ARENDT" ( "HANNAH ARENDT", 2013)



File:Hannah Arendt Film Poster.jpg
Hannah Arendt. Um nome que entrou para a história da filosofia, principalmente depois da publicação de seus dois livros mais famosos, a saber, "As Origens do Totalitarismo" e "A Condição Humana". Uma mulher à frente de seu tempo. Uma visionária. É essa Hannah que dá ensejo ao filme da alemã Margarethe Van Trotta, lançado em 2013. 

A história retrata apenas um episódio da vida de Hannah, mais precisamente o julgamento, realizado em Jerusalém, do nazista Adolf Eichmann, um dos mentores do holocausto. Assim, como correspondente da New Yorker, Hannah escreve artigos polêmicos, considerando Eichmann um burocrata cumpridor de ordens, não um demônio como queriam fazer crer os judeus. Tal fato gerou revolta dos judeus para com a filósofa, que também era judia. E intensos dissabores, nunca antes enfrentados por ela, sempre respeitada por seus escritos.

O filme traz, em flashback, algumas passagens da vida de Hannah, como, por exemplo, o seu envolvimento, tanto no nível de ideias como no sentimental, com o filósofo Martin Heidegger. Heidegger que, diga-se de passagem, também sofreu intensa reprimenda por suas ligações com o nacional-socialismo. Mas são poucas as cenas. A diretora e o roteirista deveriam ter explorado mais o passado da escritora, cheio de significados e importância.

A atriz Barbara Sukowa está muito bem no papel, assim como os atores e atrizes coadjuvantes. Não interferem no resultado final.

Vale destacar que Hannah Arendt  não é, nem nunca foi, defensora do nazismo, embora possa parecer para quem não conhece a história desta importante filósofa. Inclusive há de se destacar que o regime hitlerista cassou sua cidadania alemã, deixando-a apátrida até que os Estados Unidos (Nova Iorque) a acolhesse.

"Hannah Arendt" é um bom filme, diga-se. Mas peca, talvez, pelo ritmo lento, tornando-se, em muitos momentos, enfadonho e cansativo. Várias cenas são desnecessárias e repetitivas, como as que a atriz principal aparece fumando compulsivamente.

Vale destacar a última cena do filme, um discurso de Hannah perante uma grande plateia universitária. Fantástica e vibrante.

Enfim, vale ver o filme  para conhecer um pouco mais a história desta fascinante filósofa dos tempos modernos.

Cotação: * * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Não, mas há controvérsias.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim, mas há controvérsias.

PRÊMIOS: Nenhum.

domingo, 18 de agosto de 2013

"WOLVERINE IMORTAL" ("THE WOLVERINE", 2013)

File:The Wolverine posterUS.jpgWolverine é, talvez, o personagem "Marvel" de maior sucesso comercial no cinema. Muito se deve ao trabalho de Hugh Jackman, que encarna como poucos um herói. É a manifestação perfeita de Wolverine. E é ele que sustenta a aventura "Wolverine Imortal", que se passa no Japão. 

O filme é o sexto da franquia de heróis X-Men, sendo o segundo tendo como protagonista isolado o homem das garras de aço Wolverine.

É um filme de ação como outro qualquer, com cenas que não chegam a empolgar. Aliás, não entendo o porquê do lançamento em 3D - definitivamente não é um filme para se ver assim.

A trama envolve Segunda Grande Guerra, uma filha de um soldado que foi salvo por Logan-Wolverine, um embate com a Yakuza, dentre outros temas. Tem duas atrizes japonesas interessantes, mas não emplaca como aventura. A atriz russa que faz a Víbora também não encanta na atuação, embora seja extremamente bela.

Uma curiosidade: geralmente as franquias extensas abrem suas asas para o Oriente. Assim foi com "Atividade Paranormal", por exemplo. E quase sempre o resultado é trágico em matéria cinematográfica...

Hugh Jackman, como anteriormente dito, é a própria encarnação de Wolverine. Sendo assim, fica difícil criticá-lo. Neste filme, ele perde um pouco de seus poderes e se torna um pouco mais humano em decorrência disso, mas o resultado está longe de agradar os fãs da invencibilidade do herói. 

Enfim, um filme para quem quer um pouco de entretenimento. E para quem gosta muito de Wolverine. E só. 

Cotação: * * 

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não.

PRÊMIOS: Nenhum.