terça-feira, 31 de julho de 2012

"O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA" ("THE AMAZING SPIDER-MAN", 2012)

File:The Amazing Spider-Man theatrical poster.jpeg
Poster do filme. Em "www.en.wikipedia.org".
O cinema parece não se cansar de explorar os heróis "Marvel". E o ano de 2012 marcou o relançamento da franquia inspirada nas histórias de Peter Parker, uma criação de Stan Lee. Eis o "Espetacular Homem-Aranha".

O filme tem a nítida intenção de dar início a uma nova franquia. A anterior, estrelada por Tobey Maguire em três partes, deu sinais de cansaço com sua fraca terceira parte, muito embora as duas primeiras, principalmente a segunda, são muito boas. 

Agora a trilogia de Sam Raimi deu lugar a uma nova saga, desta vez tendo como pano de fundo o romance entre Peter Parker e Gwen Stacy, esta a namorada mais famosa do aranha nos quadrinhos que, na trilogia anterior, somente apareceu, discretamente e engolida por Mary Jane, na terceira parte.

Em "O Espetacular Homem-Aranha" temos toda a origem do personagem, desde a picada do herói por aranha cobaia de testes, passando pela morte do seu tio Ben, até a sua luta contra o Lagarto, criação do alucinado Dr. Connors e fruto de uma experiência genética mal-sucedida.

Em geral, os atores convencem, embora a personagem Mary Jane, na trilogia anterior, passasse uma formosura e charme bem maiores que Gwen Stacy provoca neste filme. Mas, diga-se, Emma Stone é uma mulher muito bonita, e sua beleza e charme também produzem efeitos positivos no resultado final da película e na atenção da platéia. Sem dúvida, a aqui "namorada do Aranha" já pode ser considerada uma boa atriz da nova geração hollywoodiana.

O ator Andrew Garfield, por sua vez, parece uma escolha acertada para a nova franquia. O astro se sai bem nas cenas em que se enfatiza o bom humor no filme, notadamente quando a película  mostra as habilidades e a força do super-herói. E engata um romance muito simpático com a mocinha do filme, estabelecendo uma "química" entre o par central.

O filme tem um ar adolescente, e ainda conta com efeitos especiais especialmente engendrados para o formato 3D. Talvez a idéia de ver o filme nesse formato seja a melhor escolha mesmo.

O vilão Lagarto é muito caricatural e é um dos pontos fracos do filme. Outro aspecto negativo fica por conta  da atuação de Martin Sheen, que faz o papel de "Tio Ben", o pai adotivo de Peter Parker. Ele, definitivamente, não parece à vontade para fazer o papel, não conseguindo emprestar simpatia ao personagem.

Vale ressaltar também as espetaculares cenas de ação. A melhor é a sequência que o Homem-Aranha finalmente descobre que o seu trabalho é muito maior do que simplesmente procurar a vingança contra o assassino de seu tio. A salvação do menino em um carro em chamas, a beira de um precipício na ponte, é a chamada que faltava para o Aranha enxergar sua nobre missão - lutar pela vida dos outros.

Outro ponto bastante interessante, e positivo, da película é a outra luta marcante do personagem, desta vez pela maturidade. Peter Parker é aquele adolescente que ainda não sabe o verdadeiro sentido da vida, mas vai descobrindo aos poucos, apanhando muito, inclusive fisicamente. Aliás, nunca o "Homem-Aranha" apanhou tanto, embora tenha superpoderes...

Enfim, "O Espetacular Homem-Aranha" só é superior mesmo ao terceiro capítulo da saga anterior. Não repete, portanto, o êxito do segundo filme, disparadamente o melhor, e fica no mesmo patamar do primeiro estrelado por Tobey Maguire. Mas é um bom entretenimento.

Atenção: não saia do cinema antes dos créditos finais de elenco. Há uma cena no final que dá uma pista do que poderá vir pela frente na franquia.

Cotação: * * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim, mas há controvérsias.

PRÊMIOS: Nenhum.

Crítica 21

quinta-feira, 26 de julho de 2012

"ARRASTE-ME PARA O INFERNO" ("DRAG ME TO HELL", 2009)


File:Dragmetohell.jpg
Poster do filme. Em "www.en.wikipedia.org".

Sam Raimi, quando se aventurou pelo cinema de terror nos anos 80, se deu bem (vide “Evil Dead”, de 1981 e sua refilmagem superior “Evil Dead 2", 1987). A sua volta ao gênero, com “Arraste-me para o Inferno” ("Drag me to Hell"), quase trinta anos depois, é triunfal.

Triunfal porque, além de um bom roteiro, o filme trabalha magistralmente com todos os clichês dos filmes de terror, sem ser cansativo ou pedante.

A atriz principal, Alison Lohman, se não é excelente, é uma mulher definitivamente muito charmosa. Ela é Christine, gerente de um banco que deixa de conceder um empréstimo para uma senhora pra lá de esquisita, chamada Ganush (interpretada de maneira convincente pela atriz Lorna Raver). A partir da humilhação, a referida senhora evoca os espíritos contra a gerente que, a princípio, não dá atenção para o fato. Ocorre que coisas estranhas começam a acontecer, até que ela descobre, por meio de um "médium", que só tem três dias para reverter a maldição imposta pela idosa. O que se sucede é um embate, cheio de situações engraçadas, que nos remetem ao subgênero terrir, que mistura, justamente, terror e comédia (sensações muito próximas, aliás).

O filme é muito interessante, com uma história envolvente, que vale a pena ser assistido. No final, Raimi parece sentir saudades de seu clássico “A Morte do Demônio” e o homenageia, com maestria, em uma cena engraçadíssima. Um thriller para relembrar os bons tempos do cinema de terror.

COTAÇÃO: * * * *

TOP 100 – MELHORES THRILLERS DE TODOS OS TEMPOS.

SUCESSO DE BILHETERIA: Não

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Nenhum.

Crítica 20

domingo, 8 de julho de 2012

"BRADDOCK - O SUPER COMANDO" ("MISSING IN ACTION", 1984)


File:Missing in action (film poster).jpg
Poster do filme. Fonte: http://www.en.wikipedia.org/
Muitos filmes marcaram a década de 80, saudosa época para muitos. Em matéria de filmes de ação, além de Stallone e Schwarzenegger, um grande nome foi sem dúvida Chuck Norris.

Chuck Norris é um ex-atleta de Caratê, campeão mundial da modalidade por sete vezes na década de sessenta, que resolveu se aventurar nas telonas. "Braddock", filme de 1984, é o seu maior sucesso, gerando, inclusive, duas continuações.

O filme foi produzido pela dupla de primos israelenses Golan e Globus, os mesmos que produziram "Desejo de Matar", com Charles Bronson e "Invasão dos Estados Unidos" e "Força Delta", com Chuck Norris.

Muitos dizem que Chuck Norris, quando fala, demonstra que não é um bom ator. Mas penso diferente: Chuck Norris está ali para agir, não para falar. E agindo, faz muito bem.

No filme, ele é o General Braddock, que só tem uma coisa em mente, depois do fim da Guerra do Vietnã: resgatar americanos presos ainda naquele país. Desta "lenda", que povoou a imaginação dos americanos por muito tempo, sobressai-se a linha condutora do filme. Braddock passa a investir pesado nos "donos" do regime vietnamita em busca do seu objetivo.

O filme é daqueles de ação ininterrupta, com destaque para algumas cenas. Em uma delas, Braddock, vigiado intensamente no hotel em que está hospedado em Saigon (atual Ho Chi Mihn), sai pela janela, escalando todo o prédio, vai à sede do governo vietnamita, mata o líder, volta para o mesmo quarto e ainda dorme na cama com uma bela mulher americana que estava junto dele no país do sudeste asiático. Tudo para forçar um álibi. Haja imaginação e fôlego! Em outras cenas, ele é sempre surpreendido pelos espiões do regime, gerando situações, muitas das vezes, engraçadas.

Enfilm, o filme é bem conduzido,  com uma ação bacana, cumprindo uma das finalidades essenciais do cinema em minha opinião: divertir. Mas não é um primor de roteiro, nem de cinema.

Como está escrito no cartaz do filme, "a guera não acabou até que o último homem retorne para casa".

Cotação: * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não.

PRÊMIOS: Nenhum.

Crítica 19

terça-feira, 3 de julho de 2012

"PARA ROMA COM AMOR" ("TO ROME WITH LOVE", 2012)

File:To rome with love ver2.jpg
Poster do filme. fonte: www.en.wikipedia.org
O lançamento de Woody Allen para 2012 é uma continuação do "tour" europeu do diretor de Manhattan. O famoso diretor já esteve na "caliente" Espanha, com seu "Vicky Cristina Barcelona" , já andou mexendo na alta classe inglesa no brilhante "Match Point" e vivenciou uma Paris romântica no agradável "Meia-Noite em Paris". O último lançamento dele,  "Para Roma com Amor", é uma comédia romântica ambientada na Cidade Eterna italiana.

O filme é interessante, embora não seja um dos melhores do diretor americano. São várias histórias (quatro, para ser mais exato), não entrelaçadas. Umas são definitivamente melhores que as outras. Talvez pela presença de atores cômicos mais envolventes, a exemplo de Roberto Benigni.

Alguns atores não emprestam graça à trama. Sem dúvida, a parte mais chata é a que reúne Ellen Page e Alec Baldwin. Baldwin, aliás, não repete outras atuações mais inspiradas.

Por outro lado, temos as turmas de Woody Allen e de Roberto Benigni bem afinadas.

Woody Allen, na minha opinião, é engraçado até quando é sem graça. Ele está inspirado no filme, despertando várias gargalhadas com aquele jeitão meio "bobalhão", insistindo para que um cantor de chuveiro se torne um tenor de sucesso. Aliás, as cenas que envolvem esse cantor de chuveiro, sogro da filha de Allen no filme, rendem as melhores piadas do filme.

Já a trama que envolve Roberto Benigni é uma crítica disfarçada às subcelebridades, aquelas celebridades instântaneas, que desaparecem no mesmo ritmo que aparecem - rapidamente. Vide as "celebridades" advindas de "reality shows".

A ambientação romana é bastante interessante, com destaque para a hístória da moça que se perde por aquelas ruelas praticamente iguais e fica mais perdida ainda nos relacionamentos amorosos (e sexuais) posteriormente.

Enfim, é um filme bacana, que desperta muitas risadas. Bom, mas falta um tempero - ou talvez um roteiro melhor.

Cotação: * * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não, mas há controvérsias.

PRÊMIOS: Nenhum.

Crítica 18

domingo, 1 de julho de 2012

"ALIEN, O OITAVO PASSAGEIRO" ("ALIEN", 1979)


File:Alien movie poster.jpg
  Poster do filme. Fonte: www.en.wikipedia.org

Alien. O oitavo passageiro da nave espacial Nostromo.

O maior sucesso da carreira de Ridley Scott é, sem dúvida, um dos melhores filmes de ficção científica (fantasia) de todos os tempos.

Produzido no final dos anos setentas, mais precisamente em 1979, é um marco no gênero da ficção científica, apesar de que muitas vezes o filme aproxima-se do terror. Não há nada mais aterrorizante do que estar no espaço, dentro de uma nave, com um inimigo indesejado sempre à espreita.

O roteiro é simples, mas bem engendrado. Nele, os sete tripulantes da nave Nostromo resolvem averiguar um sinal estranho captado pelo aeronave, em um planeta desconhecido. Ali, pousam de maneira equivocada e ficam a mercê dos perigos do local, notadamente dos aliens.

O filme é tecnicamente perfeito, com todos os elementos inclusive do gênero terror, notadamente no que se refere à ansiedade gerada para a primeira aparição do monstro.

Sigourney Weaver teve ali o seu papel mais destacado na carreira, sendo até hoje confundida com a sua personagem na película, a tenente Ripley.

O personagem Alien, por sua vez, gerou uma "franquia", com inúmeras continuações (três, no total) e até mesmo uma "franquia" em que enfrenta outro conhecido vilão, o Predador (aqui, o encontro já se repetiu duas vezes).

Como digo sempre nos casos dos grandes filmes, para se ver e rever, todas as vezes com o mesmo prazer.

Cotação: * * * * 1/2

TOP 100 - MELHORES FILMES DE FANTASIA DE TODOS OS TEMPOS

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: 01 Oscar - Melhores "Efeitos Visuais" 1979. Indicado ainda para Melhor Direção de Arte.

Crítica 17