quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

FILMES DA SEMANA 01/02 a 07/02

Sexta-feira é dia de estreias no cinema.

A semana de 01/02/2013 começa com "Os Miseráveis", um filme que estará concorrendo ao Oscar, o prêmio máximo do cinema. Baseado na grande obra de Victor Hugo (escrita em 5 volumes), a história se passa em plena Revolução Francesa.

Continua em cartaz a superprodução de Spielberg, "Lincoln", com 12 indicações ao Oscar, incluindo filme, diretor e ator (Daniel Day Lewis).

Outro filme bem cotado pela crítica e que já está em cartaz há uma semana é "O Lado Bom da Vida". É uma comédia com Robert De Niro e Jennifer Lawrence.

Concorrente ao Oscar de melhor filme estrangeiro e melhor filme (e mais três indicações), "Amor" é um filme austríaco que continua em cartaz. É um drama e espectadores já relataram ser este um filme "pesado".

"Django Livre", de Tarantino, continua em cartaz, e já foi comentado aqui no blog. Trata-se de um filme muito bom, com excelentes atuações dos coadjuvantes e um ótimo roteiro.

"Detona Ralph" também é um filme bem indicado, que diverte crianças e adultos.

O megassucesso "De Pernas Pro Ar 2" ainda continua em cartaz, apesar das estréias de "blockbusters" americanos. 

"A Viagem" é um filme muito mal recebido pela crítica e pelo público que tem ido às salas de cinema, apesar do elenco de estrelas, como Tom Hanks , Susan Sarandon, Hugh Grant e Halle Berry.

"João e Maria Caçadores de Bruxas " é um filme pouco discutido, ainda não tendo referências significativas de crítica ou de público.

domingo, 27 de janeiro de 2013

"CÃES DE ALUGUEL" ("RESERVOIR DOGS", 1992)

File:Reservoir dogs ver1.jpg
Poster do filme. Em www.en.wikipedia.org
O primeiro filme dirigido por Quentin Tarantino é talvez o seu melhor: "Cães de Aluguel", de 1992.

O filme é tecnicamente  impecável. Brilhante.Tem um roteiro extremamente original, com a trama se desenvolvendo sob uma técnica bastante interessante, a da "narrativa entrecortada". A narrativa entrecortada caracteriza-se pelo uso constante dos "flashbacks" e de histórias de vários personagens em sequência.

Resumindo a história, o filme basicamente se restringe à discussão, em um armazém, sobre os acontecimentos relativos a um roubo em que a polícia já estava preparada  (rapidez da resposta ao alarme), perpetrado pelos tais "cães", que tinham nomes de cores (Mr. Pink, Mr. Blue, etc), mas não sabiam o nome um do outro.

Vale destacar, o roubo em si (a ação do roubo, diga-se), é o que menos importa. Para o filme, o que vale é a narrativa de cada um dos bandidos, em uma reunião após a frustração da empreitada, para que se descubra qual deles é o traidor - o que sugeriu à polícia que naquela joalheria ocorreria algo. Nisso, surgem várias histórias em "flashbacks", assassinatos, torturas, violência e mais violência.

Harvey Keitel, Tim Roth, Michael Madsen, Chris Penn e Steve Buscemi seguram bem as pontas, com ótimos trabalhos. Como disse sabiamente a crítica de cinema Isabela Boscov certa vez, os gangsteres aqui, com seus interessantes apelidos - Mr. Blonde, Mr. Pink, etc - entraram para a cultura pop. Nada mais correto. Mais um ponto para Tarantino.

É, definitivamente, um filme para poucos. Por que ? Primeiro, pelas dificuldades que a narrativa apresenta, sendo bastante incomum. Segundo, pela violência. Sim, a violência, tão presente nos filmes de Tarantino, vem aqui em doses fortes. E para quem tem estomâgo forte.

Mas é um clássico moderno. Um dos melhores filmes dos anos 90, para se ver e rever. E para aplaudir de pé. Uma grande realização. Um iniciante, uma aula de cinema, uma obra-prima.

Cotação: * * * * *

TOP 100 - MELHORES FILMES DE AÇÃO DE TODOS OS TEMPOS

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias. O filme é difícil, tem narrativa entrecortada e pode ser entendiante para quem busca tão-somente diversão.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Nenhum.

"INCONTROLÁVEL" ("UNSTOPPABLE", 2010.)

File:Unstoppable Poster.jpgUma boa pedida para filmes de ação é, sem dúvida, este, dirigido por Tony Scott (o irmão de Ridley): "Incontrolável".

Tony Scott, aliás, suicidou-se em 2012. Foi ele quem dirigiu "Top Gun", um grande sucesso do cinema com Tom Cruise.

O filme narra a história de um trem desgovernado.  É baseado na história real do trem "CSX 8888", ocorrida no estado americano de Ohio.

Muito interessante e envolvente, com cenas de ação de tirar o fôlego, tem como protagonista o sempre convincente ator Denzel Washington, no papel de Frank Barnes. Denzel, juntamento com Pine (que faz Wil, o parceiro de Denzel, em boa atuação), dirigem um vagão de trem cujo objetivo é fazer parar o da frente, mediante engate e, após, frenagem.

O elenco de apoio da conta do recado, cada um desempenhando muito bem seu papel. 

Mas o destaque mesmo fica por conta dos efeitos especiais e das fabulosas cenas de ação, bastante arrojadas. 

O roteiro é simples, porém  bom, gerando uma crescente tensão e não deixando o espectador entediado.

Vale destacar também a edição de som, indicada para o Oscar. O filme realmente tem um som na medida certa, acompanhando, sem exageros ou imperfeições, o crescente suspense e as cenas de ação. Palmas para o editor, que conseguiu extrair o melhor de seu trabalho para o filme.

Assim, temos todos os ingredientes para  um bom filme de ação e para um bom divertimento. E Tony Scott e sua equipe não desperdiçam a oportunidade.

Cotação: * * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Foi indicado ao Oscar de "Melhor Edição de Som", mas não ganhou.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

"DJANGO LIVRE" ("DJANGO UNCHAINED", 2012)

Quentin Tarantino é realmente um diretor criativo, que consegue cativar suas platéias com sua narrativa única e com roteiros inteligentes que se alimentam de outras fontes, seja de uma ópera, seja de outros filmes. É essa a primeira constatação quando nos deparamos com o impactante filme "Django Livre".

File:Django Unchained Poster.jpg
Cartaz do filme. Em www.en.wikipedia.org
O roteiro é um primor do lado criativo do diretor de "Cães de Aluguel", "Pulp Fiction" e "Kill Bill". 

Conta a história de um escravo, chamado Django, vivido por uma atlético Jamie Foxx, que é liberto de suas amarras por um caçador de recompensas, Dr. Schulz, personagem interpretado de forma vigorosa por Christopher Waltz. Isso tudo em uma época - pré Guerra Civil Americana - em que os negros ainda viviam desprezados e em condição subhumana. O próprio Django muitas vezes era ridicularizado por andar sob o cavalo, coisa impensável na época. Outra coisa impensável - um negro sendo um caçador de recompensas (o que gerou, vezes por outras, um nítido prazer no herói). E nisso o filme ganha uma narrativa estupenda, enquanto Django vai ainda em busca de outro objetivo - libertar sua amada, Broomhilda, uma escrava que sabia falar alemão. Não antes sem enfrentar vários malfeitores, dentre eles o proprietário de Broomhilda (e da fazenda Candyland), Calvin, vivido por Leonardo di Caprio, e seu capataz, Stephen, um negro que não gosta de negros, soberbamente interpretado por Samuel L. Jackson.

A atuação dos atores é algo digno de nota. Todos estão estupendos. 

A começar do caçador de recompensas alemão Dr. Schulz, vivido com grande carisma por Christopher Waltz. Um excelente ator, sem dúvidas. Ganhou o Globo de Ouro pelo desempenho, o que é merecedíssimo.

Leonardo Di Caprio, que é sabidamente um bom ator, também se dá bem na película. Faz um proprietário de terras bem interessante, e malvado, cujo prazer maior é ver escravos se matando em uma luta que mais parece a de gladiadores romanos, só que sem armas. Também indicado ao Globo de Ouro de coadjuvante, muitos críticos consideram uma injustiça ele não ter sido indicado ao Oscar.

Outra atuação convincente é a de Samuel L. Jackson como Stephen, capataz de Calvin (Leonardo Di Caprio). Ele faz um vilão negro, que descobre as ligações entre Django e sua esposa Broomhilda. Django estava na fazenda de Calvin para resgatar sua amada e teve que lidar com a esperteza de Stephen, que desencadeia um dos melhores momentos do filme - a parte, inclusive, que gerou mais sangue e impacto.

O próprio Tarantino aparece no filme (um pouco gordinho, diga-se), de uma maneira inusitada. Mais inusitada, no entanto, é como ele desapareceu. Cômico e divertido.

Aliás, o humor pontua o filme. Destaque para a cena em que a Ku Klux Khan e seu vestuário são ridicularizados. 

A trilha sonora também é muito interessante, na medida certa, acompanhando muito bem todo o desenrolar da trama.

Ponto também para Tarantino no trato de um tema tão difícil, e complicado, como é o da escravidão, notadamente no período histórico americano pré Guerra Civil Americana. Tarantino foi até hostilizado por alguns por usar e abusar da expressão "nigger", mas o fato é que o diretor não escondeu a verdade, embora tenha contado uma história de ficção. Talvez a intenção de Tarantino fosse essa mesmo - irritar, provocar polêmica, afinal utilizou-se da expressão 109 vezes no filme.

Se há algum ponto negativo, é justamente a existência de muitas cenas redundantes e por vezes desnecessárias. É o problema de um filme que dura quase três horas.

O filme tem muito de Tarantino. A sua marca está ali. Muito sangue jorrando, vísceras voando e o exagero de algumas cenas têm seu impacto autoral.

Algumas curiosidades do filme. 

Primeiro, que o filme é levemente inspirado no quase homônimo "Django" dos anos 70. Aqui, o pistoleiro é um ex-escravo. O outro filme, um "western-espaghetti" (faroestes ítalo-americanos dos anos 60, principalmente), em que Tarantino, fã do subgênero, buscou a inspiração para muitas cenas.

Segundo, a engraçada primeira roupa de Django, que mais parecia um marquês que propriamente um pistoleiro, foi inspirada em uma pintura de 1770. Para quem quiser conferir, é de autoria de Thomas Gainsboroughs e se chama "The Blue Boy".

A mais interessante das curiosidades, no entanto, é de onde Tarantino tirou a história de Broomhilda - de uma ópera de Wagner. Broomhilda é a princesa que Siegfried quer resgatar na ópera "O Anel de Nibelungos". A analogia é perfeita. Mais um ponto para Tarantino.

Enfim, um filmaço. Para se ver com prazer.

Cotação: * * * * 

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias. Algumas pessoas podem não entender o estilo "violento " de  Tarantino, além do tempo do filme ser reconhecidamente excessivo, o que certamente incomodará alguns espectadores..

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Indicado a 05 Oscars (Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Edição de Som, Melhor Ator Coadjuvante - Christopher Waltz). Ganhou 02 Globos de Ouro - Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante (para Christopher Waltz).

domingo, 20 de janeiro de 2013

"SOB O DOMÍNIO DO MEDO" ("STRAW DOGS", 2011 )

File:StrawDogs2011Poster.jpgVamos falar hoje sobre um filme que nem chegou a ser visto nos cinemas brasileiros, "Sob o Domínio do Medo" ("Straw Dogs"). Fracasso nos Estados Unidos, foi lançado diretamente em DVD no Brasil. É uma refilmagem de um "cult movie" de Sam Peckinpah, diretor conhecido como o "Poeta da Violência", realizado nos anos setentas (1971, 30 anos antes deste).

 O "remake" deixa muito a desejar. Fraco no roteiro, nas atuações dos atores e na criação de um clima de suspense.

O filme tem um enredo perverso. É uma história de um casal que resolve passar um tempo no interior. Lá, começam a se relacionar com os habitantes locais, a maioria deles desajustados. Junte-se a isso o fato da esposa ser uma mulher muito bonita e que já havia sido namorada, anos atrás, de um dos habitantes do local. A tensão cresce com problemas relacionados a estupros, pedofilismo, etc, até se chegar ao epílogo de pura selvageria.

A refilmagem é para poucos. Ou poucas. Tem cenas fortíssimas de estupro e a selvageria toma conta em alguns momentos.

Não é um primor de suspense. Acho a história arrastada, falta aquele impacto típico do suspense: deixar a pessoa com o coração na mão, sempre à espera do pior.

O próprio ator principal, estilo "mauricinho", James Marsden, não convence no seu papel de protagonista, assim como Kate Bosworth, linda, porém limitada.

A pelicula tem como tema a violência, nas suas mais diversas formas - inclusive mostrando como um sujeito pacato pode se tornar violento. Mas não convence, sendo mais gratuita do que propriamente cult

Enfim, é um filme basicamente feito para se ver e esquecer. 

Cotação: * * 

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Não.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não.

PRÊMIOS: Nenhum. 




terça-feira, 15 de janeiro de 2013

"DE PERNAS PRO AR 2" (2012)

Ficheiro:Pôster De Pernas pro Ar 2.jpg"De Pernas pro Ar 2". Mais uma comédia nacional que vem fazendo muito sucesso nas bilheterias brasileiras. Qual a razão de tanto sucesso? Diversão. O povo gosta de diversão, e um dos papéis do cinema é justamente garantir a alegria, nem que seja por uma hora e meia e duas. E o filme consegue, apesar de parecer com um novela global (aliás, como todos os filmes brasileiros com estes "artistas de novela").

Ingrid Guimarães é, realmente, uma atriz engraçada. Ela vive Alice, uma empresária de "moda sexy",  extremamente estressada e que tem um objetivo claro - expandir seus negócios para os Estados Unidos, mais precisamente Nova Iorque. Para isso, tem  que lidar entre pressão da família, que quer sua saúde em dia (a heroína desmaia, supostamente de stress, em uma inauguração de loja), e a pressão do trabalho. No meio de tudo, ainda há tempo de descanso para a protagonista em um "spa" que mais parece um manicômio, tal a quantidade de pessoas esquisitas existentes no local.

Bem, conforme ressaltamos no início dos comentários, o filme desempenha o seu propósito sem ser muito cansativo, apesar do roteiro previsível. E qual o propósito do filme? Fazer rir. E isso acontece em muitas passagens, algumas realmente hilárias - embora o ritmo de piadas cai vez ou outra.

A atriz Ingrid Guimarães tem um talento natural para fazer rir. E o elenco de apoio não deixa o ritmo cair - destaque para a engraçadíssima empregada, vivida pela ótima atriz Cristina Pereira. Cristina, aliás,  protagoniza uma cena divertida, em que confunde "fork" com "fuck" em um restaurante (o restaurante é o pano de fundo para a parte mais interessante do filme em termos cômicos).

O elenco de apoio conta ainda com uma exagerada (como sempre!) Maria Paula, Eriberto Leão fazendo um "feijão com arroz" bem fraquinho e Bruno Garcia muito discreto, sem grandes aspirações em termo de atuação, como o marido de Alice.

A ambientação em Nova Iorque é muito interessante também - a "Big Apple" ficou muito bonita na telona, demonstrando a boa e agradável fotografia do filme.

É um filme despretensioso, que não é, obviamente, um primor de cinema em termos técnicos. Longe disso. Como disse Rubens Ewald Filho, "é até consumível". Para se ver e esquecer depois. Partir para outra. Ou para outro.

Cotação: * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias. Algumas pessoas acham o roteiro banal, o que não deixa de ser verdade.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não.

PRÊMIOS: Nenhum.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"ROBOCOP, O POLICIAL DO FUTURO" ("ROBOCOP", 1987)

File:Robocop film.jpg
Poster do filme. Em www.en.wikipedia.org
Prestes a completar 25 anos, e depois de muitos comentários e desejos, finalmente o cultuado "Robocop" ganhará um remake, com estréia em 2013, pelas mãos do brasileiro José Padilha, que se notabilizou pela dose dupla de "Tropa de Elite".

Terá que se superar se quiser manter o nível do original.

"Robocop- O Policial do Futuro" é um dos grandes filmes de ação dos anos oitentas. Como dizia o cartaz do filme, o personagem é "meio homem, meio máquina, um tira total". Ação que mistura ficção científica na dose exata.

O enredo é interessante. A ambientação ocorre em uma caótica Detroit, dominada pelo crime. Após ser assassinado por uma saraivada de tiros dados por bandidos, o policial Murphy (Peter Weller) tem sua memória apagada e é transformado em um ciborgue, um tira cumpridor da lei, extremamente preciso em suas ações. Ocorre que a sua antiga parceira, Lewis, vivida por Nancy Allen, passa a fazer o policial lembrar do seu passado, de sua família e de como foi morto. Segue-se uma ação ininterrupta,  e descoberta de uma máfia dentro da própria polícia de Detroit. E mais, a descoberta do próprio ser do robô.

O filme é um primor de ação. Com cenas bem desenvolvidas e ação ininterrupta, prende a atenção do espectador. Os efeitos visuais são bons. 

Vários temas são abordados no filme, dando uma conotação especial ao roteiro: corrupção, capitalismo, natureza humana, ressureição e, principalmente, a privatização da segurança pública, através da OCP.

O filme foi dirigido pelo holandês Paul Verhoeven, e é um dos grandes sucessos comerciais da carreira deste diretor. Verhoeven dirigiu ainda depois "O Vingador do Futuro" (1990), com Schwarzenegger e "Instinto Selvagem" (1992), com Sharon Stone. 

A película foi um grande sucesso comercial, gerando duas continuações inferiores. Ganhou ainda uma fracassada série de TV. Detalhe: a Orion, produtora do filme, faliu após esta primeira parte, o que pode ter causado um declínio na qualidade da série.

Um delírio para os fãs, sem dúvida. Para ver e rever.

Cotação: * * * * 

TOP 100 - MELHORES FILMES DE FICÇÃO CIENTÍFICA DE TODOS OS TEMPOS

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS01 Oscar - "Melhor Edição de Som" 1987.

domingo, 6 de janeiro de 2013

"À PROCURA DA FELICIDADE" ("THE PURSUIT OF HAPPINESS", 2006)

File:Poster-pursuithappyness.jpgUma grande lição de vida. O ator perfeito para o papel. Uma criança que desempenha bem um papel complicado. Eis alguns dos ingredientes de "À Procura da Felicidade" , um dos grandes sucessos de 2006.

Merecidamente, Will Smith ganhou uma indicação ao Oscar de 2006 ao interpretar Chris Gardner. Aliás, é difícil Smith não agradar ao público em geral- é um ator habilidoso e carismático.

O filme é baseado em uma história real. Conta todas agruras vividas por Chris Gardner, um homem que, a princípio, estava falido, cheio de dívidas e com um criança para cuidar sozinho mas que, com fé e determinação, conseguiu superar todos os obstáculos, transformando míseros 21 dólares em uma fortuna de mais de 600 milhões.

O filho de Smith na vida real, Jaden Smith, tem uma atuação tocante como filho também na película - fez o papel de Christopher. O menino desempenha um papel emocionalmente complicado, já que, além dos problemas de seu pai, teve que conviver com o distanciamento da mãe. Empresta um carisma ao personagem difícil de se notar em atuações de crianças. Tudo sempre ao lado de Chris Gardner na, às vezes terrível, às vezes gratificante,  jornada rumo à felicidade.

O filme tem algumas cenas engraçadas, outras tocantes, mantendo a atenção do espectador. Peca um pouco pelo excesso de tempo para contar a história.

A película foi dirigida por um italiano, Gabriele Muccino (diretor de "O Último Beijo", de 2001).

É um filme ideal para motivar as pessoas, tem uma belíssima mensagem positiva e agradará certamente em cheio as platéias interessadas em um bom entretenimento.

Cotação: * * * 1/2

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOSNenhum dos mais relevantes. Will Smith foi indicado ao Oscar de "Melhor Ator" 2006 e também ao Globo de Ouro de "Melhor Ator" 2006.

sábado, 5 de janeiro de 2013

"PREMONIÇÃO 5" ("FINAL DESTINATION 5", 2011)

Ficheiro:Final destination 5 poster promocional.jpg
As séries de terror, quando chegam na quarta, quinta ou sexta parte, perdem o encanto, talvez pela falta de idéias originais. Não é o que acontece com a série "Premonição " ("Final Destination"), que chega com grande fôlego na quinta parte que, talvez, é a melhor de todas. Um baita filme.

A premissa é a mesma dos anteriores. Neste, um jovem, dentro de um ônibus, tem uma visão de que uma ponte que estava a sua frente começaria a ruir, matando, em sequência, todos os seus amigos. Mais que depressa, acorda da premonição e evita que a morte aconteça com cada um deles. Segue-se a descoberta de que ninguém engana a morte que, inevitavelmente, virá agora atrás de cada um deles, na mesma sequência de mortes que, necessariamente, teriam ocorrido na ponte.

A sequência da ponte é, indiscutivelmente, a melhor de todos os filmes da série. Asfixiante, bem filmada, com mortes violentíssimas (esse é, definitivamente, um filme para estomâgos fortes!). Aliás, não faltam cenas fortes, a exemplo da morte em uma mesa de operação, com laser envolvido. 

Interessante que os filmes da série são tão bem feitos que a premissa básica - primeiro, evita-se a morte, depois tenta escapar dela - a mesma desde a primeira parte, não cansa. Talvez a quarta parte tenha perdido um pouco o ritmo, indo do terror à comédia, mas a quinta veio resgatar a sequência positiva que se desencadeou com a primeira película. 

Nesta quinta parte, há de se ressaltar que existe ainda uma nova idéia: a de que a pele dos envolvidos poderia ser salva se houvesse substituição - ou seja, se matassem uma outra pessoa qualquer, na hora em que a morte viesse atrás (respeitando-se a sequência da premonição). O que faz, inevitavelmente, que amigos pensem seriamente em matar amigos somente para poder livrar sua pele da morte.

A morte, presente em todos os filmes de terror, neste assume um papel de protagonista. E faz da melhor maneira possível, com muita criatividade.

O final traz uma grande surpresa, que dá a entender que a morte é, na verdade, cíclica. Ponto para os produtores, já que a morte é, mesmo, inevitável. Parece um final de ciclo para a série também, mas devemos aguardar o desenrolar das idéias dos produtores. 

Diversão garantida. 

Quem curte uma boa sessão de cinema com muita adrenalina e cenas bem filmadas (muitas chocantes), certamente irá apreciar o resultado final.

Cotação: * * * 1/2

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Nenhum.