domingo, 24 de fevereiro de 2013

OSCAR 2013 - OS PREMIADOS

Vejamos a lista completa dos vencedores do "Academy Awards" em 2013 (filmes lançados em 2012):

Melhor Filme - Argo

Melhor Diretor - Ang Lee (As Aventuras de Pi)

Melhor Ator - Daniel Day-Lewis (Lincoln)

Melhor Atriz - Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida)

Melhor Ator Coadjuvante - Christopher Waltz (Django Livre)

Melhor Atriz Coadjuvante - Anne Hathaway (Os Miseráveis)

Melhor Roteiro Original - Quentin Tarantino (Django Livre)

Melhor Roteiro Adaptado - Chris Terrio  (Argo)

Melhor Filme Estrangeiro - Amor (Áustria/Alemanha)

Melhor Animação - Valente

Melhor Figurino - Anna Karenina

Melhor Maquiagem e Cabelo - Os Miseráveis

Melhor Edição - Argo

Melhor Fotografia - As Aventuras de Pi

Melhor Canção Orignal - Skyfall

Melhor Trilha Sonora - As Aventuras de Pi

Melhor Direção de Arte - Lincoln

Melhor Edião de Som - Skyfall e A Hora Mais Escura (empate)

Melhor Mixagem de Som - Os Miseráveis

Melhores Efeitos Visuais - As Aventuras de Pi

Melhor Curta-Metragem - Curfew

Melhor Curta de Animação - Paperman

Melhor Documentário de Curta Metragem - Inocente

Melhor Documentário - Searching for Sugar Man

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

OSCAR 2013 - AS APOSTAS DO BLOG


Minhas apostas para o Oscar 2013:

Melhor Filme - Lincoln, embora Argo possa surpreender.

Melhor Diretor - Steven Spielberg (Lincoln)

Melhor Ator - Daniel Day-Lewis (Lincoln)

Melhor Atriz - Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida) . Jessica Chastain pode ganhar.

Melhor Ator Coadjuvante - Christopher Waltz (Django Livre).

Melhor Atriz Coadjuvante - Anne Hathaway (Os Miseráveis)

Melhor Roteiro Original - Django Livre

Melhor Roteiro Adaptado - Chris Terrio (Argo)

Melhor Filme Estrangeiro - Amor (Áustria e Alemanha)

Melhor Filme de Animação - Valente

Melhor Trilha Sonora - Lincoln

Melhor Canção Original - Skyfall

Melhor Edição de Som - As Aventuras de Pi

Melhor Mixagem de Som - As Aventuras de Pi

Melhor Edição -  Argo

Melhor Fotografia - As Aventuras de Pi

Melhor Direção de Arte - Os Miseráveis

Melhor Maquiagem - Os Miseráveis

Melhores Efeitos Visuais - As Aventuras de Pi

A festa acontece domingo, dia 24 de fevereiro de 2013.

FILMES DA SEMANA - 22/02 a 28/02

A semana não está muito prodigiosa em estreias. 

Temos a volta de Bruce Willis em "Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer". Trata-se de mais um exemplar da interminável série estrelada pelo ex-marido de Demi Moore, que faz o jurássico John McClane. Não convence, e deve ser um filme de regular para ruim. Não há mais o que contar a série, que deveria ter parado no primeiro exemplar.

Bruce Willis também está em "O Dobro ou Nada", uma comédia tratada como regular pela crítica.

Como é uma semana de Oscar, vale assistir os filmes concorrentes. Pena não estar em cartaz "Argo", um filme que pode surpreender na noite máxima do cinema.

O blog já avaliou cinco filmes em cartaz: "O Voo" (**1/2), "Os Miseráveis" (***1/2), "Lincoln" (****), "Django Livre" (****) e "O Lado Bom da Vida" (****).

"O VOO" ("FLIGHT", 2012)

File:Flight film poster.jpgO nome do filme, muitas vezes, não dá a exata dimensão do que realmente é a  sua premissa básica. É o que acontece com "O Voo", filme que parece ser de ação, mas é, na verdade, um drama sobre os vícios do alcool e da cocaína.

O filme é protagonizado pelo excelente Denzel Washington, que já ganhou 02 estatuetas do Oscar e foi indicado no ano de 2013 ao prêmio máximo do cinema por esta atuação.

A película é baseada em história real. Conta a história de um piloto, Comandante "Whip" Whitaker (Washington), que, em noite anterior a um voo, consome em demasia alcool e drogas. Durante o voo, o avião tem um pane, cai, mas o piloto consegue fazer um ótimo pouso e salvar quase todos os passageiros, à exceção de seis (sendo duas tripulantes, uma das quais amante de Whip). Ocorre que exames indicaram o uso das substâncias ilícitas e a partir daí Whip passa de herói a vilão. Enfrenta investigação, imprensa, mas sobretudo enfrenta a si mesmo, o seu vício incontrolável.

A atuação de Denzel realmente é notável. O ator se sai muito bem no papel de um viciado. É uma atuação tocante e muito eficiente.

A película é um ressurgimento do diretor Robert Zemeckis, um tanto sumido. Zemeckis já ganhou o Oscar por Forrest Gump, mas desta vez não foi indicado ao prêmio.

Mas o filme registra alguns deslizes. 

O tempo é demasiadamente longo, o que pode torná-lo cansativo para boa parte da platéia. Noutras palavras, seria interessante um enxugamento, para dar um ritmo maior à película. Muitas vezes fica enfadonho assistir a história, dada a narrativa arrastada.

A história do envolvimento com drogas e alcool também já é conhecida pelos cinéfilos, não havendo novidade alguma trazida por este filme.

Enfim, um  entretenimento apenas regular,  que pode ser cansativo pela falta de ritmo em alguns momentos. Sem novidades, é um drama sobre alcool e drogas, já apresentado diversas vezes no cinema e em filmes melhores. Vale mesmo para quem gosta de Denzel, que está muito bem.

Cotação: * * 1/2

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias. O filme é longo, e a narrativa é cansativa em muitos momentos.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Indicado a 02 Oscars - Melhor Ator (Denzel Washington) e Melhor Roteiro Adaptado.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

"INTRIGA INTERNACIONAL" ("NORTH BY NORTHWEST", 1959)

Intriga Internacional - Ed. Especial - 2 DVDs - DVD4Alfred Hitchcock sempre dizia que o mistério é um processo intelectual, ao passo que o suspense é  emocional. Fato. E o mestre do suspense sabia realmente mexer com as emoções e os nervos dos espectadores. "Intriga Internacional" é um dos suspenses emblemáticos do mestre, e serve para provar isso.

Trata-se de um filme com um tema caro à Hitchcock: o homem errado. Cary Grant é Roger Thornihill, um playboy confundido por espiões com um agente da CIA de nome Kaplan que, na verdade, nunca existiu. Para isso, percorre todo os EUA (incluindo Chicago e Mount Rushmore) para provar sua inocência, fugindo dos espiões, notadamente Vandam, vivido por James Manson, e também da polícia. Nesse diapasão, encontra com uma misteriosa mulher, Eve Kendall, e envolve-se com ela.

A película revela a face kafkiana de Hitchcock, uma vez  que nos apresenta um personagem, Roger Tornhill (Cary Grant), absolutamente sem rumo, praticamente sem a menor possibilidade de sair do problema colocado. Ponto para o mestre, que realiza de maneira brilhante o intento de introduzir Kafka, o grande escritor tcheco, autor de "A Metamorfose", em sua obra-prima de suspense.

Cary Grant, vale destacar, está perfeito como Roger Thornhill. Mesmo em um filme de suspense, consegue ainda fazer rir, como na cena em que é preso por dirigir alcoolizado - na verdade, o herói foi embriagado pelos espiões, justamente para ser atirado ao mar!. Uma das mais engraçadas da história do cinema.

James Manson também está muito bem, assim como Eva Marie Saint como a misteriosa loira (embora não possuísse o glamour de uma Grace Kelly, a favorita de Hitchcock).

O filme pode parecer um pouco datado. Efeitos especiais que nos tempos atuais podem parecer fracos, talvez assustem um pouco a platéia hodierna. Outro detalhe que pode causar perplexidade a quem hoje assiste à película é justamente o fato de algumas cenas serem inverossímeis, a exemplo da escapada do herói da ONU, depois de supostamente assassinar um homem, ou mesmo a do Mount Rushmore (as gigantes esculturas de pedra em homenagem a ex-Presidentes americanos, como Lincoln e Theodore Roosevelt). Porém, diga-se e faça-se justiça: a cena do Mount Rushmore é um primor de suspense, com uma ótima trilha sonora envolvida.

Mas o fato de o cinquentenário filme ter algumas passagens discutíveis nos tempos atuais, não induz à percepção de que se trata de um filme fraco ou com deméritos. Pelo contrário, é um clássico, dos melhores da história do suspense.

Cinema é diversão, encantamento,  imaginação. Não precisamos nos prender à realidade quando estamos na sala escura. Devemos deixar a diversão fluir. E aí, Hitchcock é mestre. Sem perder a classe.

Cotação: * * * * *

TOP 100 - MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS

TOP 100 - MELHORES THRILLERS DE TODOS OS TEMPOS

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim. 

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias. Algumas cenas podem desagradar quem gosta de verossimilhança.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim. É sempre eleito um dos melhores suspenses de todos os tempos. E está na lista do AFI como um dos melhores filmes de todos os tempos.

PRÊMIOS: AFI´s TOP 100 melhores filmes de todos os tempos. Foi indicado a 03 Oscars, mas perdeu todos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

FILMES DA SEMANA - 15/02 a 21/02

A semana de 15/02 a 21/02 traz duas aguardadas estreias: "A Hora Mais Escura" e "Indomável Sonhadora", ambas concorrentes ao Oscar.

"A Hora Mais Escura" é um filme que relata a questão envolvendo o assassinato do terrorista Osama Bin Laden. Dirigido pela ganhadora do Oscar e ex-mulher de James Cameron, Kathyrin Bigelow. Parece estar sendo bem recebido pela crítica. A atriz Jessica Chastain é forte concorrente ao Oscar.

Já "Indomável Sonhadora" traz a concorrente mirim ao Oscar, Quvenzhané Wallis, e é um drama de uma menina lutadora de 6 anos que está na iminência de ficar órfã.

Além destes dois, outra película que parece chamar a atenção é "As Sessões", com Helen Hunt. 

Continuam em cartaz outros bons filmes, concorrentes ao Oscar, como "Lincoln", "Os Miseráveis" e "Django Livre", este último o melhor dos três.

E também ainda é possível assistir dois concorrentes ao Oscar de filme estrangeiro: "Amor" e "O Amante da Rainha".

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

"O LADO BOM DA VIDA" ("SILVER LININGS PLAYBOOK", 2012)

File:Silver Linings Playbook Poster.jpg
Poster do filme. 
Uma boa pedida em matéria de comédia romântica é, sem dúvida, "O Lado Bom da Vida". 

Ao contrário de outros filmes do gênero, este consegue ser bastante envolvente e inteligente, com diálogos caprichados e um roteiro bastante interessante, baseado em um livro homônimo.

O filme conta a história de um rapaz bipolar, traído pela mulher e emocionalmente instável, chamado Pat Solitano, vivido pelo ator Bradley Cooper. Ao voltar de um período de internação, busca se reaproximar de sua ex-mulher ao mesmo tempo que se envolve com uma problemática pessoa, Tiffany, papel que coube à ótima Jennifer Lawrence. O que resulta desse relacionamento divertido e envolvente de Pat e Tiffany são diálogos intensos, engraçados, divertidos e às vezes mordazes. E um crescente amor despertado pela convivência nem sempre pacífica e muitas vezes problemática.

O filme conta com um elenco afinadíssimo. Jennifer Lawrence está simplesmente estupenda, assim como o surpreendente Bradley Cooper, que até este momento nunca tinha atuado tão bem no cinema. Robert De Niro, como o pai de Pat, e Jacki Weaver, como a mãe do rapaz, também não destoam - pelo contrário, estão muito bem. Aliás, De Niro é sempre um grande ator e, mesmo em papel coadjuvante, sabe ser De Niro. Vale lembrar ainda a atuação de Chris Tucker, que faz um colega de manicômio de Pat. Muito engraçado em várias cenas.

Não à toa, o filme emplacou quatro indicações para as atuações do elenco no Oscar, feito para poucos - o último tinha sido Reds, de 1981. Assim, Cooper foi indicado para "Melhor Ator" ; Lawrence, "Melhor Atriz"; De Niro, "Melhor Ator Coadjuvante" e Weaver, "Melhor Atriz Coadjuvante".

David O. Russel parece um diretor em ascensão, e são justas as indicações para os prêmios de "Melhor Diretor" e "Melhor Roteiro Adaptado".

Enfim, uma boa opção para um bom entretenimento. Um filme simpático, divertido, comovente e interessante. Enfim, o espectador descobre que um dos bons lados da vida é ter um bom filme como este para se assistir.

Cotação: * * * * 

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Vários.

Indicado a 08 Oscars (Filme, Diretor, Ator, Atriz, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante, Roteiro Adaptado, Edição).

01 Globo de Ouro - "Melhor Atriz" (Jennifer Lawrence).

01 BAFTA - "Melhor Roteiro Adaptado". Indicado ainda para Ator (Cooper) e Atriz (Lawrence).

AFI´S MELHOR FILME DO ANO 2012.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

"TITANIC" ("TITANIC", 1997)

File:Titanic poster.jpg15 de abril de 1912. Neste dia, há mais de cem anos atrás, uma dramática história coletiva de mortes e terror assombrou o mundo: o dito "inafundável" RMS Titanic, da White Star Line, navio que faria a rota Southampton - New York, submergiu, após uma colisão, no Atlântico Norte, contra um iceberg. Das 2.224 pessoas à bordo, somente 710 se salvaram,  restando  um saldo de 1514 mortos. O oceano congelado, a falta de botes salva-vidas para todos (foi dada, com acerto, preferência às mulheres e crianças), o estado de necessidade, o pouco tempo disponível para receber ajuda (o naufrágio ocorreu em menos de duas horas) e o desespero em lidar com a situação foram fatores que contribuíram decisivamente para o desastre.

O cinema sempre explorou esta incrível história, uma das maiores tragédias coletivas, em um único ato, diga-se, de todos os tempos.

Muitos filmes sobre o evento trágico foram feitos (1943 e 1953, além de uma série de TV), mas o maior, e melhor, de todos é justamente "Titanic", de 1997, dirigido por James Cameron, ganhador de 11 prêmios Oscar em 1997.

É um dos maiores sucessos da história do cinema - senão o maior - além de 11 Oscars, ganhou 04 Globos de Ouro e ainda é considerado uma das maiores bilheterias de todos os tempos (a segunda, só perdendo para Avatar, do mesmo diretor James Cameron). Custou 200 milhões de dólares e arrecadou mais de 2 bilhões de dólares em todo o mundo.

O Titanic de Cameron mescla personagens fictícios com alguns poucos personagens reais. Brilhante, trouxe de novo o glamour ao cinema, coisa que não se via desde os áureos tempos dos anos trintas e quarentas, em filmes como "E o Vento Levou", "Casablanca", dentre outros.

Em seus 194 minutos, o filme mescla romance, aventura, drama e até elementos de thriller. O roteiro primoroso conta a trágica história aliada a um romance entre uma mulher rica, Rose, vivida intensamente por Kate Winslet, e um passageiro da segunda classe, Jack, papel protagonizado com garra por Leonardo di Caprio (foi até indicado ao Oscar).  Para viver o grande amor, lutam contra o até então noivo da moça, vivido com grande força por Billy Zane, que faz um "vilão" absolutamente sem escrúpulos ou sentimentos - "Cal Hockley". Várias cenas do filme já se tornaram clássicas, além da famosa frase proferida por Jack (DiCaprio): "I´m the  king of the world" - "Eu sou o rei do mundo". 

O filme parte do pressuposto e da visão da narradora Rose, em idade centenária, vivida por Gloria Stuart, uma grande atriz, reconhecida com a indicação ao Oscar. Ela conta a "sua história" de amor e a tragédia, em uma linha narrativa em que aparece no início e no final do filme. Vale destacar que a aparição de Rose centenária no filme tem a ver com a pesquisa realizada pelo caçador de tesouros Brock Lovett (Bill Paxton), que estava à procura do diamante "Coração do Oceano", que pertencia àquela mulher quando do naufrágio da imensa embarcação. O diamante é carregado de simbolismo na história do filme, e Rose narra o romance para o caçador. É uma aparição marcante e emocionante, inclusive indicada ao Oscar daquele ano.

A reconstituição da época é perfeita. O navio é mostrado com riqueza de detalhes, com toda a pompa da primeira classe, e também todas as misérias da segunda e terceira classes.

Triste a constatação da preferência dada aos passageiros de primeira classe, fazendo com que os da segunda ficassem presos por um tempo enorme, vigiados e praticamente sem chances de escapar da tragédia. Segundo dados oficiais, enquanto mais de sessenta por cento dos passageiros da primeira classe escaparam da morte, apenas quarenta e um por cento da segunda e vinte e quatro por cento da terceira tiveram a mesma sorte.

O destaque da película fica por conta também dos espetaculares cenas com efeitos especiais e a forma como foram feitas - Cameron usou, inclusive, um imenso tanque nas gravações. Vale notar ainda a fotografia e o figurino.

A atuação dos atores é também estupenda. Leonardo Di Caprio está muito bem, assim como a novata, na época, Kate Winslet. Kate, aliás, que viria a ser consagrada como grande atriz em filmes posteriores. Gloria Stuart e Billy Zane também defendem muito bem seus papéis, conforme já ressaltado anteriormente.

Em 2012, homenageando o centenário do naufrágio, a película foi relançada, desta vez em 3D, tendência atual do cinema. "Titanic 3D", no entanto, não conseguiu registrar o mesmo apelo popular, ocorrido quando do lançamento em 1997. Mesmo assim arrecadou cerca de 300 milhões de dólares em todo o mundo.

FILME - Titanic 3D
Titanic 3D. Poster do filme.

Enfim, um filme em que o sucesso de bilheteria já diz muito. É o cinema como arte de encantamento e divertimento, no seu grau máximo.

Cotação: * * * * *

TOP 100 - MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim. A segunda maior da história.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Vários.

11 Oscars "Melhor Filme "(Cameron e Landau), "Melhor Diretor"(Cameron), "Melhor Trilha Sonora Dramática Original" (Horner), Melhor Edição (Buff IV, Cameron e Harris), Melhor Fotografia (Carpenter), Melhor Direção de Arte (Peter Lamont e Michael Ford), Melhor Figurino (Deborah L. Scott), Melhores Efeitos Visuais (Rob Legato, Mark A. Lasoff, Thomas L. Fisher e Michael Kanfer), "Melhor Edição de Som" (Tom Belfort e Christopher Boyes), "Melhor Som" (Rydstrom, Johnson, Summers e Ulano) e "Melhor Canção Original" (Horner e Jennings por "My Heart Will Go On"). Mais três indicações - Melhor Atriz (Kate Winslet e Glória Stuart) e Melhor Maquiagem.

04 Globos de Ouro --> "Melhor Filme - Drama", "Melhor Diretor" (James Cameron), "Melhor Trilha Sonora" e "Melhor Canção" ("My Heart Will Go On").

AFI´S (AMERICAN FILM INSTITUTE) - 100 MAIORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS (n,º 83)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

PRÊMIO BAFTA 2013


O Prêmio BAFTA, distribuído pela British Academy of Film and Television Arts, consagrou "Argo", um filme renegado pelo Oscar, como "Melhor Filme". O diretor Ben Affleck também levou uma estatueta.
"Lincoln", favorito ao prêmio da Academia, só ganhou na categoria "Melhor Ator" - Daniel Day-Lewis. Parece ser uma barbada na festa de Los Angeles também.
Destaque ainda para "Os Miseráveis", que ganhou 04 estatuetas BAFTA - "Maquiagem", "Som", "Atriz Coadjuvante - Anne Hathaway" e "Design de Produção"; e para "Django Livre" , que ganhou 02 prêmios - "Melhor Ator Coadjuvante - Christopher Waltz" (barbada para o Oscar também) e "Melhor Roteiro Original" (favorito ao Oscar também). 
"007 - Operação Skyfall" ganhou dois prêmios - "Melhor Filme Britânico" e "Melhor Trilha Sonora Original".
"Amor" ganhou dois prêmios também: "Melhor Filme de Língua Não-Inglesa" e "Melhor Atriz", para Emmanuelle Riva.
Vamos à lista completa de premiados: 
Melhor filme --> Argo
Melhor Ator --> Daniel Day-Lewis (Lincoln)
Melhor Atriz --> Emmanuelle Riva (Amor)
Melhor Diretor --> Ben Affleck (Argo)
Melhor Design de Produção --> Os Miseráveis
Melhor Documentário --> Searching for Sugar Man
Melhor Ator/Atriz em Ascensão --> Juno Temple
Melhor Filme de Língua Não-Inglesa --> Amor
Melhor Roteiro Adaptado --> David O. Russell (O Lado Bom da Vida)
Melhor Atriz Coadjuvante --> Anne Hathaway (Os Miseráveis)
Melhores Efeitos Visuais --> As Aventuras de Pi
Melhor Filme britânico de Estreia de um Roteirista, Diretor ou Produtor -->The Imposter - Bart Layton (diretor), Dimitri Doganis (produtor)
Melhor Ator Coadjuvante --. Christoph Waltz (Django Livre)
Melhor Roteiro Original --> Quentin Tarantino (Django Livre)
Melhor Trilha-Sonora --> Thomas Newman (007 - Operação Skyfall)
Melhor Fotografia --> As Aventuras de Pi
Melhor Edição --> Argo
Melhor Som --> Os Miseráveis
Melhor Longa de Animação --> Valente
Melhor Maquiagem --> Os Miseráveis
Melhor Figurino --> Anna Karenina
Melhor Curta de Animação --> The Making of Longbird
Melhor Curta --> Swimmer
Melhor Filme Britânico --> 007 - Operação Skyfall

sábado, 9 de fevereiro de 2013

FILMES DA SEMANA 08/02 a 14/02

A boa estreia da semana parece ser o filme dinamarquês "O Amante da Rainha", indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Trata-se de uma história real, ocorrida no período de reinado de Cristiano VII, rei da Dinamarca.

Denzel Washington está de volta em "O Voo".  É um filme de ação, considerado bom pelos críticos. Denzel é um grande ator e geralmente não desagrada, mesmo em filmes fracos ou menores.

"Fogo contra Fogo" é um filme de ação mas, ao que parece, não está sendo bem avaliado pela crítica.

Para as crianças, a dica é "Monstros S.A 3D". Muito bem avaliado pela crítica. 

Outra animação, de origem espanhola, "As Aventuras de Tadeo Jones" estreia também. Foi avaliado como bom pelos experts em cinema.

Filme brasileiro, "Tainá - A Origem" é considerado um filme apenas regular.

Continuam em cartaz os candidatos ao Oscar "Lincoln" (* * * *), "Django Livre" (* * * *) e "Os Miseráveis" (* * * 1/2), todos comentados aqui no blog. 

E também o sucesso de público, não de crítica, "De Pernas pro Ar 2" (* *).

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

"OS MISERÁVEIS" ("LES MISERÁBLES", 2012)

File:Les-miserables-movie-poster1.jpg
Um dos livros mais conhecidos de Victor Hugo e, portanto, da literatura universal. Personagens cativantes e uma crítica da França pós-Revolução e sua legião de famintos. A história que foi transformada em musical na década de 80 por dois franceses, encenada na Broadway (com imenso sucesso) e em mais de 40 (quarenta) países. Eis as premissas que fazem de "Os Miseráveis" um grande triunfo universal e que agora ganha uma superprodução no cinema, indicada a 08 (oito) Oscars.

A história gira em torno das relações entre Jean Valjean, vivido no filme por Hugh Jackman e o policial Javert, interpretado por Russel Crowe. Valjean é um detento na França pós-Revolução que passa dezenove anos preso por furtar um pão. Em liberdade condicional, foge e passa a ser perseguido pelo policial Javert, que firmemente acredita que nenhum ser humano é capaz de se reabilitar. Após anos vivendo anonimamente, Valjean reencontra o policial e passa a ser novamente perseguido. Ao mesmo tempo, apaixona-se pela sua ex-empregada Fantine (Anne Hathaway),  e depois passa a criar a filha desta, Cosette (Amanda Seyfried), que se apaixona por um revolucionário - Marius (Eddie Redmayne).

É uma história de perdão, de ressurgimento. Está nisso a força do argumento.

A película segue com interpretações musicais, uns desempenhando bem a função, outros não. O resultado é uma imperfeição que incomoda às vezes, mas que não compromete o filme, que tem uma história marcante e, ao final, emocionante.

A técnica utilizada pelo diretor Tom Hooper, de gravação dos atores em cenas de canto ao vivo, é melhor,  ou pelo menos mais agradável, que a de dublagem atualmente utilizada na maioria dos musicais.

Vale destacar as soberbas atuações de Hugh Jackman e Anne Hathaway, merecidamente indicadas para o Oscar, respectivamente, de "ator" e "atriz coadjuvante". Hugh desempenha com altivez seu papel, cantando muito bem. Anne, com o habitual carisma e charme, dá um show de interpretação na canção clássica "I Dreamed a Dream".

Particularmente, admirei também o trabalho da novata Samantha Barks que, além de cantar muito bem, faz o papel da desprezada Eponine. Desprezada por Marius, o revolucionário que é apaixonado por Cosette, diga-se. Embora com papel pequeno, foi uma grata surpresa no campo das interpretações.

Helena Bonham Carter e Sacha Baron fazem uma dupla, uma espécie de "pais adotivos" de Cosette, que  tenta ser cômica, mas não consegue. Os dois divertem o espectador em apenas alguns momentos.

O ponto negativo das atuações é mesmo Russel Crowe. Além de fazer um Javert fraco em termos da rigidez que o personagem mereceria, demonstra claramente que musical não é "sua praia", cantando muito mal. Outra também que não se dá bem é Amanda Seyfried, que faz Cosette na fase adulta.  Assim como Crowe, destoa nos momentos musicais.

Mas a força da história e de várias atuações individuais demonstram ser este um bom filme, que vale a pena ser conferido.

COTAÇÃO: * * * 1/2

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO DE PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias. O filme é um musical, um gênero pouco compreendido pelo grande público no cinema.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim, mas há controvérsias. Alguns críticos torceram o nariz para a atuação de Russel Crowe, notadamente quando o ator canta.

PRÊMIOS

Indicado a 08 Oscars (Filme, Ator- Hugh Jackman, Atriz Coadjuvante - Anne Hathaway, Canção Original - Suddenly; Desenho de Produção; Mixagem de Som; Figurino; Montagem).

Ganhou 03 Globos de Ouro - "Melhor Filme- Comédia ou Drama", "Melhor Ator - Hugh Jackman", "Melhor Atriz Coadjuvante - Anne Hathaway".

sábado, 2 de fevereiro de 2013

"LINCOLN" ("LINCOLN", 2012)

Ficheiro:Lincoln 2012 Teaser Poster.jpg








O cinema ainda não havia retratado, como deveria, o maior (pelo menos no legado deixado) presidente americano de todos os tempos - Abraham Lincoln, o 16º em uma escala de 44 no total. Parece que Steven Spielberg acerta a mão ao escolher o período crucial da história americana - a Guerra Civil , notadamente no período final (1865) - para revelar os traços e a personalidade deste personagem fabuloso. É o que faz de "Lincoln" um filme importante.

Não é o melhor filme de Spielberg (enquanto diretor, diga-se). Longe de ser. Mas é um "Spielberg" melhor do que ele tem feito nos últimos anos. Em tempo: é o filme do diretor mais aclamado pela crítica mundial desde "O Resgate do Soldado Ryan", de 1998.

A história se concentra na tentativa de aprovação da 13ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, que aboliria a escravidão. Para se conseguir tal aprovação, em meio a um ambiente de guerra entre o Norte (industrializado, favorável à abolição) e o Sul (economia de base agrária, aristocratas, favoráveis à continuidade do regime escravista), Lincoln utiliza-se de todos os argumentos e subterfúgios (alguns não tão nobres, lembrando muitas vezes a corrupção política brasileira).

O filme apresenta, em teoria, um ponto fraco, que certamente dividirá o público em dois: os que adoram  o filme, pela riqueza dos diálogos políticos (tanto a política "mesquinha" quanto a "política-arte") e os que o acham enfadonho, justamente pela mesma razão - o excesso de diálogos.

A grande pergunta do filme é: os fins justificam os meios? Isso porque a democracia na América, ao que parece, foi forjada, pelo menos em parte, através de corrupção política (compra de votos), o que não é salutar. Ainda mais se considerarmos que a revolução social, ou melhor, a evolução social, tem que vir necessariamente na evolução de um pensamento, em conquistas sociais. Mas o fato é que a aprovação  da referida emenda foi a pedra de toque no desenvolvimento americano, que iria se refletir na liderança deste país no mundo em todo o século XX. Ainda que a questão racial só tenha sido resolvida, de verdade, quase cem anos depois, foi essa decisão acerca da "13ª Emenda" que unificou o gigante americano e permitiu as bases para todas as conquistas posteriores.

Mas, falar de Lincoln, é falar de uma liderança inata, madura, consciente, tranquila e, sobretudo, humana. Qualquer imperfeição é perdoada quando se fala em figura tão equilibrada.

A lição que fica do filme é a de que é justa, realmente, a fama do grande presidente.

Vale destacar também seus discursos e, sobretudo, seus "causos". Neles está o grande tesouro do filme e o grande legado de Lincoln. O Presidente Lincoln nunca usou armas - usou sempre o poder das palavras. Aí está a beleza de sua vitória, ainda que tenha sido assassinado cinco dias depois do término da Guerra Civil Americana, que tinha deixado imensas baixas no país.

A atuação de Daniel Day-Lewis, ator que já recebeu dois Oscars na carreira (e está sendo merecidamente indicado para outro neste ano por este papel), é digna de nota. Além de toda a sobriedade dada à interpretação do personagem, sua caracterização como o ex-presidente é perfeita - está simplesmente igual à figura histórica.

O restante do elenco também está soberbo. Verdade que o que mais se vê são homens barbudos discutindo política, mas todos estão bem. A mulher de destaque, Sallly Field, que faz a primeira-dama, está muito bem e concorre, merecidamente, ao Oscar de "Atriz Coadjuvante". Em certos momentos, ela é protagonista ou pelo menos demonstra ser uma companheira especial para o Presidente. Pessoalmente acho a atriz meio histriônica demais, mas desta vez ela se sai bem.

Tommy Lee Jones é, como sempre, um bom ator. No filme, faz o abolicionista radical Thadeus Stevens. Defende o papel, importante por sinal, de maneira irrepreensível. Merecidamente foi indicado ao "Oscar de Melhor Ator Coadjuvante".

Na parte técnica, fotografia e figurino são os pontos altos da película.

Enfim, o espectador não deve esperar ação, romance e emoção para arrebatar o espectador. Deve esperar lições, ensinamentos e uma homenagem a um indivíduo tão importante não só na história dos Estados Unidos, mas na história da humanidade.

Cotação: * * * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias. O excesso de diálogos pode tornar o filme enfadonho para alguns espectadores.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim. Aclamado pela crítica mundial, é o filme mais aplaudido pelos "experts" desde "O Resgate do Soldado Ryan", de 1998.

PRÊMIOS

Concorre a 12 Oscars - Filme, Direção, Ator (Daniel Day-Lewis), Ator Coadjuvante (Tommy Lee Jones), Atriz Coadjuvante (Sally Field), Roteiro Adaptado, Montagem, Fotografia, Trilha Sonora, Desenho de Produção, Mixagem de Som, Figurino. 

Ganhou 01 Globo de Ouro - Melhor Ator em Drama, para Daniel Day-Lewis, sendo indicado ainda a outras seis categorias ("Melhor Filme- Drama"; "Melhor Ator Coadjuvante" - Tommy Lee Jones; "Melhor Atriz Coadjuvante" - Sally Field; "Melhor Roteiro", "Melhor Diretor", "Melhor Trilha Sonora").

AFI´S (American Film Institute) Award: "Filme do Ano" (Movie of the Year).