A década de 80 sempre me traz à mente grandes recordações. E o filme "Somos Tão Jovens" vem justamente suprir uma merecida lacuna relativa a essa época: render homenagem a um dos maiores nomes do rock nacional de todos os tempos - Renato Russo.
E a homenagem sai de uma maneira justa, embora com um pouco de superficialidade. Superficialidade que talvez possa ser apenas uma impressão, dado o tamanho do personagem e todo o manancial de enredo que ele pode gerar. Mas fica sempre uma ponta de quero mais, uma vontade enorme do público de querer saber mais da origem das brilhantes músicas que o gênio de Brasília compôs, e também conhecer um pouco mais acerca dos outros membros da banda (principalmente Bonfá e Villa-Lobos).
O filme conta a história de Renato Russo a partir da sua formação musical na capital federal. Do início, sob a influência punk, cantando em garagens e festinhas, até a fase do rock nacional, e a famosa apresentação no "Circo Voador" do Rio de Janeiro, o filme perpassa por momentos interessantes da vida do músico, principalmente no que tange a amizade de Russo com Aninha. É justamente essa amizade que gera os momentos mais emocionantes e tocantes da película.
A caracterização do ator Thiago Mendonça é praticamente perfeita. Parecidíssimo com o cantor e compositor, ele ainda canta algumas canções de uma maneira bastante convincente. O elenco de apoio, afinado e simpático, ajuda a compor bem o filme.
Mas o melhor mesmo é a trilha sonora. O Legião Urbana é, sem sombra de dúvidas, a melhor banda de rock nacional de todos os tempos. E algumas das melhores baladas da época são de autoria de Renato Russo, a exemplo de "Será", "Eduardo e Mônica", "Geração Coca-Cola", "Faroeste Caboclo", dentre outras.
Um bom filme nacional. Palmas para um gênio. Palmas para Renato Russo.
Cotação: * * *
SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.
SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.
SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.
PRÊMIOS: Nenhum.
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