quinta-feira, 30 de maio de 2013

"FAROESTE CABOCLO" (2013)

Renato Russo inspirou um bom filme, embora superficial, que acabou sendo um sucesso comercial: "Somos Tão Jovens". É um filme que agrada, embalado por uma ótima trilha sonora e por um elenco interessante O mesmo não se pode dizer da película baseada em sua música "Faroeste Caboclo". Este é um filme desagradável, embora possa encantar alguns pelo ritmo de suas cenas de ação.

"Faroeste Caboclo" conta a história de João de Santo Cristo. O personagem é vivido com intensidade por Fabrício Boliveira (um bom ator, diga-se), um menino que perdeu logo cedo seu pai, assassinado por um policial. Sem rumo na vida, João resolve ir para Brasília, lá se envolvendo com um traficante (Pablo) e uma menina filha de senador, Maria Lúcia (Isis Valverde), que, por sua vez, é a mulher favorita de outro traficante, de nome Jeremias. Segue-se uma rivalidade entre João e Jeremias bastante violenta.

Mas o filme peca pelo excesso. Excesso de uso de drogas (os personagens  passam o tempo todo fumando maconha, sem fazer nada mais que isso) e na violência explícita e direta (incluindo um estupro). Acaba, com isso, desagradando a muitos, sendo um filme desaconselhável para jovens e adolescentes. Tem assuntos atuais - abuso no uso de drogas por jovens, corrupção policial, guerra de traficantes. Mas tudo tratado de maneira exagerada, causando uma sensação desagradável no público que assiste a película.

Nos créditos finais, a música de Russo aparece em sua inteireza, o que demonstra, em certa medida, que o filme não é tão fiel assim à composição. A imaginação do roteirista fluiu demais. Excesso de imaginação. Excesso que atrapalhou um filme que é muito bem feito tecnicamente. 

Excesso. A tônica do filme. Um filme para estômagos fortes.

Cotação: * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Não, mas há controvérsias.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não, mas há controvérsias.

PRÊMIOS: Nenhum. 



terça-feira, 28 de maio de 2013

"SOMOS TÃO JOVENS" (2013)

Ficheiro:Somos Tão Jovens.jpg A década de 80 sempre me traz à mente grandes recordações. E o filme "Somos Tão Jovens" vem justamente suprir uma merecida lacuna relativa a essa época: render homenagem a um dos maiores nomes do rock nacional de todos os tempos - Renato Russo.

E a homenagem sai de uma maneira justa, embora com um pouco de superficialidade. Superficialidade que talvez possa ser apenas uma impressão, dado o tamanho do personagem e todo o manancial de enredo que ele pode gerar. Mas fica sempre uma ponta de quero mais, uma vontade enorme do público de querer saber mais da origem das brilhantes músicas que o gênio de Brasília compôs, e também conhecer um pouco mais acerca dos outros membros da banda (principalmente Bonfá e Villa-Lobos).

O filme conta a história de Renato Russo a partir da sua formação musical na capital federal. Do início, sob a influência punk, cantando em garagens e festinhas, até a fase do rock nacional, e a famosa apresentação no "Circo Voador" do Rio de Janeiro, o filme perpassa por momentos interessantes da vida do músico, principalmente no que tange a amizade de Russo com Aninha. É justamente essa amizade que gera os momentos mais emocionantes e tocantes da película.

A caracterização do ator Thiago Mendonça é praticamente perfeita. Parecidíssimo com o cantor e compositor, ele ainda canta algumas canções de uma maneira bastante convincente. O elenco de apoio, afinado e simpático, ajuda a compor bem o filme.

Mas o melhor mesmo é a trilha sonora. O Legião Urbana é, sem sombra de dúvidas, a melhor banda de rock nacional de todos os tempos. E algumas das melhores baladas da época são de autoria de Renato Russo, a exemplo de "Será", "Eduardo e Mônica", "Geração Coca-Cola", "Faroeste Caboclo", dentre outras.

Um bom filme nacional. Palmas para um gênio. Palmas para Renato Russo. 

Cotação: * * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Nenhum.

terça-feira, 21 de maio de 2013

"HOMEM DE FERRO 3" ("IRON MAN 3", 2013)


Ficheiro:Iron Man 3 poster.jpg

Robert Downey Jr. é realmente um ator carismático. Ele definitivamente consegue ganhar o espectador com suas interessantes e vibrantes atuações. E faz mais uma vez isso em "Homem de Ferro 3", um filme feito para ser um grande sucesso de bilheteria. O que, diga-se, acabou se confirmando, dados os números relevantes de vendas de ingressos alcançados em todo o mundo.

E é um grande sucesso de bilheteria porque tem, além de Downey Jr. , um elenco de apoio espetacular e um roteiro "redondo".

A história gira em torno dos embates entre o herói e uma série de vilões, sob o comando de "Mandarin", vivido com maestria por Ben Kingsley (que está irreconhecível, diga-se). Seguem-se cenas de ação espetaculares e muitos diálogos inteligentes, tudo sob a batuta de um inspirado Downey Jr., que faz brilhantemente o papel principal.

Aliás, o filme é surpreendentemente bom, em se tratando de uma terceira parte. É difícil uma terceira parte de uma série cinematográfica chegar a este ponto de qualidade, com um roteiro leve, ágil, de fácil entendimento e tranquilo de se acompanhar.

Mesmo Gwyneth Paltrow, atriz que não agrada inteiramente o meu gosto, está bem no seu papel de mulher de Tony Stark, o Homem de Ferro. 

As cenas de ação, diga-se, são espetaculares. Talvez uma das melhores da história do cinema tenha sido registrada neste filme: a destruição da casa de Tony Stark. Simplesmente deslumbrante os efeitos visuais utilizados. 

Informações dão conta de que esta será a última participação de Downey Jr. como Tony Stark. Uma pena, porque o público anseia sempre para ver o egocêntrico herói destilar seus diálogos cínicos e suas ambições desmedidas. 

Mas, se este foi a última parte, o final foi muito digno. Um bom entretenimento que certamente não decepcionará os amantes dos filmes da Marvel e das películas de ação.

Cotação: * * * 1/2

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim. Um dos maiores de todos os tempos.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim, em termos.

PRÊMIOS: Nenhum.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

"12 HORAS" ("GONE", 2012)

File:Gone Poster.jpgAmanda Seyfried é realmente uma atriz interessante. Além de bonita, sabe segurar um filme com suas atuações. E mais uma vez faz isso em "12 Horas". Ela é a única boa razão para se assistir a película.

A história é manjada nas telonas. Trata-se de uma vingança de uma vítima de "serial killer", chamada Jill (Amanda Seyfried), que consegue se desgarrar deste, mas que se vê novamente envolvida na teia do psicopata quando testemunha o sequestro de sua própria irmã, dois anos após seu drama. Aí começa a caçada ao seu antigo algoz, sendo que a polícia nunca acredita em sua versão e também passa a persegui-la, considerando-a louca.

Curiosidade: o filme foi dirigido pelo brasileiro Heitor Dhalia que, em nossas terras, dirigiu "O Cheiro do Ralo", "À Deriva", dentre outros.

Um roteiro limitadíssimo, já várias vezes visto no cinema, não ajuda o filme deslanchar. Aliás, a película só se sustenta mesmo pela atuação da competente Seyfried, que é a garota que enfrenta a tudo e a todos em busca da verdade e da libertação da irmã. Uma mulher forte e corajosa que, com seu ímpeto, busca realmente seus objetivos e faz o espectador jogar junto.

Assim, o filme só é recomendável mesmo para quem é fã de Seyfried. 

Cotação: * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Não. Um fracasso total de bilheteria.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não. Um fracasso retumbante de crítica.

PRÊMIOS: Nenhum.