A Disney resolveu investir pesado em um personagem das
antigas. E parece que se deu mal, com uma arrecadação que não compensou os
gastos do filme. Estamos falando do longa “O Cavaleiro Solitário” que, se não é
um primor de roteiro, é assistível, embora tenha uma duração – duas horas e
meia - que incomoda o espectador.
Antes do tradicional resumo da
história, vale abrir parênteses para algumas considerações sobre o filme.
Primeiro, o espectador não deve
confundir o “Cavaleiro Solitário” com o “Zorro”, embora ambos usem uma máscara
similar. O primeiro, do filme de 2013, é personagem atrelado ao famoso cavalo
“Silver” (lembram do famoso bordão “Hey, Yo, Silver”!) e está sempre junto do
índio Tonto; o segundo, tem a inseparável companhia do Sargento Garcia. Vale dizer ainda que, no Brasil, o “Cavaleiro” era também anteriormente chamado de “Zorro” – daí
a confusão.
Voltando ao roteiro, temos que a
história é interessante e tem certa ligação com a realidade de nosso país,
notadamente no que concerne à corrupção. O longa (e bota longa nisso...) conta
as aventuras do “Cavaleiro Solitário”, personagem que sobrevive a uma emboscada
em que seu irmão (que era casado com a mulher que o Cavaleiro ama) e todos os
outros morrem, exceto ele. A partir daí, descobre que os poderosos são
corruptos e que as leis não protegem ninguém e passa a fazer justiça, usando uma máscara. Junto ao herói, um
companheiro inseparável: Tonto, interpretado pelo queridinho do público Johnny
Depp.
Cabe destacar como pontos
positivos do filme a excelente produção, as belas locações, a metalinguagem
(com a conseqüente citação de vários filmes clássicos e emocionantes, do
western à comédia) e algumas piadas inteligentes do personagem de Johnny Depp,
o índio Tonto. Foi muito bom também
lembrar aquela famosa música típica do Lone Ranger – William Tell – um pouco
esquecida nos tempos atuais.
Como pontos negativos temos a
fraqueza dos vilões e a duração excessiva da película, sem que isso rendesse
uma melhor história. Também o personagem parece um pouco datado, o que pode
explicar o fracasso de bilheteria. Aliás, o gênero “western” parece não ser do
gosto do público atual, que prefere histórias mais “modernas” e
“contemporâneas”, com temas mais atuais.
Para quem gosta de muita ação, e
algumas piadas inteligentes, vale assistir ao longa. Uma mistura de western,
comédia e ação que poderia ter rendido um filme bem melhor.
Cotação: * *
SUCESSO DE BILHETERIA: Não.
SUCESSO PERANTE O PÚBLICO : Não,
mas há controvérsias.
SUCESSO DE CRÍTICA: Não, mas há
controvérsias.
PRÊMIOS: Nenhum.
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