segunda-feira, 29 de julho de 2013

“O HOMEM DE AÇO” (“MAN OF STEEL”, 2013)

Poster  Site oficial do filme.
Os super-heróis estão cada vez mais presentes no cinema. Alguns deles vêm em forma de reciclagem de histórias já conhecidas do grande público. “O Homem de Aço” é uma dessas novas versões.

Não que o longa-metragem seja ruim. Mas poderia ser melhor, bem melhor.

A história resgata o filme de 1978, contando a epopeia do herói desde o início – em um planeta Krypton a beira do colapso (que realmente acontece!). Mandado à terra pelo seu pai Jor-El (interpretado por Russel Crowe), o herói indestrutível Kar-El encontra uma morada na Terra e passa a viver entre os humanos (os pais são interpretados por Diane Lane e Kevin Costner), com seus magníficos superpoderes. Encontra Lois Lane (Amy Adams), a repórter que viria a se tornar o seu par romântico e enfrenta o General Zod (Michael Shannon), um vilão de Krypton que tem por objetivo fazer da Terra o seu novo lar, e sua fiel escudeira Faora.

Comparando o filme com seus cinco antecessores, temos que supera três deles, a saber, “Superman 3”, “Superman 4” e “Superman – O Retorno”. Lado outro, é inferior aos outros dois: “Superman- O Filme” e “Superman 2”.

Pessoalmente, não gostei de algumas nuances do filme.

A exagerada quantidade de violência transformou o longa em um filme de ação sem cérebro.  A destruição exagerada de Smallville e Metrópolis incomoda..

Achei também o Planeta Krypton excessivamente fantasioso e as invasões do General Zod e suas engenhocas também estranhas, em cenas parecidas com o filme “Transformers”. Aliás, sou saudosista: prefiro o impessoal Zod de Terence Stamp (Superman e Superman 2) ao Zod com cara de Gladiador do Michael Shannon.

Outro detalhe: a história do super-homem  e de seu par romântico foi mal desenvolvida. Talvez uma brecha para a segunda parte, que certamente acontecerá.

Senti falta também de mais atos heroicos do homem de aço.Assim, apenas duas cenas se destacaram: a primeira, em uma base petrolífera; a segunda, salvando um ônibus cheio de crianças no rio. Ambas inferiores à várias presentes em outros filmes.

O Super-Homem como Clark Kent, e aquela velha história do óculos que não engana mais ninguém em pleno século XXI, também só aparece ao final, dando mostras de que uma segunda parte está por vir mesmo.

Mas o longa tem seus pontos positivos também. Primeiro, os ótimos efeitos especiais (muito embora não fosse necessário assisti-lo em 3D e muitas vezes lembrando aqueles pulos de “pulga” do primeiro Hulk). Segundo, a forma narrativa, que fazia um contraponto entre o super-homem já na fase adulta com o super-homem na fase infantil. Não cansa o espectador. Terceiro, a ênfase em um super-homem cuidadoso no que se refere à sua missão na Terra – ajudar os fracos e fazer justiça.

Assim, para quem esperava muito do “Homem de Aço”, deve ter se decepcionado um pouco. Mas para quem gosta de diversão, vale assistir a essa nova aventura.

Cotação: * * ½

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não.


PRÊMIOS: Nenhum.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

“O CAVALEIRO SOLITÁRIO” (“THE LONE RANGER”, 2013)

File:TheLoneRanger2013Poster.jpgA Disney resolveu investir pesado em um personagem das antigas. E parece que se deu mal, com uma arrecadação que não compensou os gastos do filme. Estamos falando do longa “O Cavaleiro Solitário” que, se não é um primor de roteiro, é assistível, embora tenha uma duração – duas horas e meia - que incomoda o espectador.

Antes do tradicional resumo da história, vale abrir parênteses para algumas considerações sobre o filme.

Primeiro, o espectador não deve confundir o “Cavaleiro Solitário” com o “Zorro”, embora ambos usem uma máscara similar. O primeiro, do filme de 2013, é personagem atrelado ao famoso cavalo “Silver” (lembram do famoso bordão “Hey, Yo, Silver”!) e está sempre junto do índio Tonto; o segundo, tem a inseparável companhia do Sargento Garcia. Vale dizer ainda que, no Brasil, o “Cavaleiro” era também anteriormente chamado de “Zorro” – daí a confusão.

Voltando ao roteiro, temos que a história é interessante e tem certa ligação com a realidade de nosso país, notadamente no que concerne à corrupção. O longa (e bota longa nisso...) conta as aventuras do “Cavaleiro Solitário”, personagem que sobrevive a uma emboscada em que seu irmão (que era casado com a mulher que o Cavaleiro ama) e todos os outros morrem, exceto ele. A partir daí, descobre que os poderosos são corruptos e que as leis não protegem ninguém e passa  a fazer justiça, usando uma máscara. Junto ao herói, um companheiro inseparável: Tonto, interpretado pelo queridinho do público Johnny Depp.

Cabe destacar como pontos positivos do filme a excelente produção, as belas locações, a metalinguagem (com a conseqüente citação de vários filmes clássicos e emocionantes, do western à comédia) e algumas piadas inteligentes do personagem de Johnny Depp, o índio Tonto.  Foi muito bom também lembrar aquela famosa música típica do Lone Ranger – William Tell – um pouco esquecida nos tempos atuais.

Como pontos negativos temos a fraqueza dos vilões e a duração excessiva da película, sem que isso rendesse uma melhor história. Também o personagem parece um pouco datado, o que pode explicar o fracasso de bilheteria. Aliás, o gênero “western” parece não ser do gosto do público atual, que prefere histórias mais “modernas” e “contemporâneas”, com temas mais atuais.

Para quem gosta de muita ação, e algumas piadas inteligentes, vale assistir ao longa. Uma mistura de western, comédia e ação que poderia ter rendido um filme bem melhor.

Cotação: * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO : Não, mas há controvérsias.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não, mas há controvérsias.

PRÊMIOS: Nenhum.

"O CONDE DE MONTE CRISTO" ("THE COUNT OF MONTE CRISTO", 2002)

File:The Count of Monte Cristo film.jpg
O cinema sempre buscou como fonte inspiradora os livros. E os livros clássicos sempre renderam grandes histórias para a sétima arte. É o que acontece neste “O Conde de Monte Cristo”, obra-prima de Alexandre Dumas, o mesmo autor do famoso e inesquecível “Os Três Mosqueteiros”.


Vale lembrar: dez filmes já trouxeram a história para a sétima arte. Desses, dois são mais famosos: o de 1975, estrelado por Richard Chamberlain e Tony Curtis; e esse, de 2002, estrelado por Jim Caviezel e Guy Pearce.

A história é clássica e envolvente. O longa narra as aventuras de Edmond Dantes (Caviezel), um marinheiro apaixonado por Mercedes e amigo de Fernand Mondego. Ocorre que, após conversar com Napoleão (ele mesmo, o famoso líder francês, exilado em Elba), e ser traído pelo seu melhor amigo (Mondego, interpretado por Guy Pearce) é acusado de traição à pátria e, preso, é levado para o Chateau D`If, uma prisão de segurança máxima. Lá, sofre barbaridades, torturas e chicotadas, até encontrar um padre, Abade Farias (interpretado por Richard Harris), que, além de ajuda-lo na fuga, deixa com ele um mapa do tesouro – localizado em Monte Cristo. Após, uma louca escapada da prisão, e o resgate do tesouro, já rico dá início ao seu processo de vingança: contra o amigo traidor, Conde Mondego; contra o Promotor do seu caso, Villefort; e, também, contra sua ex-mulher, que se casou com o melhor amigo, pensando que o herói estivesse morto. E ainda há um outro personagem que se revelará importante na trama: o filho de Mercedes.

O longa traz uma grande atuação de Jim Caviezel. Para quem não conhece, o ator é o mesmo que fez “A Paixão de Cristo”, em uma ótima atuação. Aqui, ele repete o sucesso de atuação, com uma brilhante perfomance. O mesmo não se pode dizer de Guy Pearce, que não convence muito como o vilão da história.  Parece um tanto forçado. Ponto para Richard Harris, que faz um padre Farias bem carismático.

É uma grande aventura, que certamente agradará a muitos. Vale a pena conhecer pelo menos um pouco dessa história clássica.

Cotação: * * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Não. Arrecadou pouco mais do que custou.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim. Uma história clássica.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim, mas há controvérsias.

PRÊMIOS: Nenhum.







sexta-feira, 12 de julho de 2013

ESTREIAS DA SEMANA (13/07 A 19/07)

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A grande, e aguardada, estreia da semana (em que pese muitas pessoas já terem visto, na pré-estreia) é mesmo "O Homem de Aço", o novo filme do "Super-Homem", estrelado por Henry Cavill.

Parece ser  promissor. Ocorre que alguns críticos não aprovaram o resultado final. Mas vale a conferida, já que os trailers, principalmente os "teasers",  mostram um filme vigoroso, com ótimos efeitos especiais e muita ação. 

Quanto aos anteriores, dois se destacam: o "Superman" de 1978 e "Superman II", de 1981, este último uma grande aventura. "Superman 3" e "Superman 4" foram grandes fracassos e filmes ruins. "Superman-O Retorno", o mais recente longa, foi um fracasso de crítica, não sem razão - o longa é muito ruim.

sábado, 6 de julho de 2013

"GUERRA MUNDIAL Z" ("WORLD WAR Z", 2013)

File:World War Z poster.jpgO projeto de Brad Pitt para 2013 não foi muito bem recebido pela crítica. Segundo alguns, o filme não emplaca, com um final que deixa a desejar. Não é o que penso. "Guerra Mundial Z" pode não ser um filme brilhante (e realmente não é), mas tem seus méritos.

E os méritos passam pela boas cenas de ação do filme, pelo seu ritmo frenético e pela boa condução da história. Concordo com os críticos quanto ao final - talvez tenha sido feito daquela forma para propiciar novas continuações.

O filme lembra um pouco alguns outros, como "Independence Day" (nas cenas de corre-corre nas ruas, principalmente a primeira), "Guerra dos Mundos" (em que o herói tenta salvar a família da hecatombe), "A Noite dos Mortos Vivos" (pelos vorazes zumbis que correm desesperadamente atrás dos humanos) e "O Dia Depois do Amanhã" (pela questão apocalíptica subjacente). Mas é superior a todos estes, exceto "A Noite dos Mortos Vivos" - mas este último é um terror, o que "Guerra Mundial" não é, nem pensa ser (apesar de algumas cenas apavorantes e dos gritos igualmente assustadores dos zumbis). 

No longa, Pitt é Gerry, o herói que busca a salvação da humanidade de um vírus desconhecido e letal que transforma as pessoas em zumbis. Segue-se uma luta desesperada do herói em busca da vacina salvadora. Não sem antes enfrentar hordas de zumbis loucos para devorarem criaturas saudáveis e disseminarem a doença.

Com ótimos efeitos especiais, o filme prende a atenção do início ao fim. E os atores, em especial Pitt e Mirrelle Einos (esta, uma ótima atriz), dão conta do recado.

Enfim, uma diversão bastante agradável e interessante.

P.S: Curiosidade- os direitos sobre a obra que deu origem ao filme foram alvos de disputa por dois astros, Pitt e Di Caprio, e suas respectivas produtoras. Deu Pitt.

Cotação: * * * 

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não, mas há controvérsias. Isabella Boscov, por exemplo, gostou do filme como um todo, menos do seu final.

PRÊMIOS: Nenhum.