quarta-feira, 5 de março de 2014

"ROBOCOP" ( "ROBOCOP", 2014)

File:Robocop poster.jpg
Geralmente é complicado fazer refilmagens ("remakes") de filmes de sucesso ou de longas que se tornaram "cult" ou clássicos. É o caso de "Robocop". Parecia impossível fazer algo interessante sobre o herói, ainda mais se considerarmos que o primeiro longa tenha sido um grande filme - e de fato foi. Mas José Padilha, um diretor brasileiro em Hollywood, o mesmo de "Tropa de Elite",  parece que conseguiu o seu intento de fazer um filme brilhante com esse "Robocop" de 2014

O filme tem as mesmas premissas do original, mas conta a história de uma maneira diferente, principalmente se considerarmos que, no atual, o papel da esposa do homem que foi transformado em máquina é bem mais relevante. Ela tem um papel ativo, investindo constantemente no resgate do homem que sofreu transformações cibernéticas. É a cobiça e a ganância dos empresários contra o amor e a lealdade da família (mulher e filho).

O interessante do filme é a demonstração da dicotomia homem-máquina, da realidade dupla vivida pelo personagem - algumas vezes tem sentimentos, outras não. Por várias vezes, o herói tem que ser "desligado", para ser unicamente uma máquina sem sentimentos. 

A história, basicamente, é a mesma do filme de 1987, pelo menos quanto à premissa. Vítima de um atentado a bomba em seu carro, Alex Murphy perde quase que totalmente o seu corpo e os movimentos de seus membros. Assim, vira cobaia da indústria que quer porque quer fazer a vigilância das ruas e a contenção dos bandidos por meio de robôs. Um inescrupoloso personagem, vivido por Michael Keaton, ávido por lucros, busca incessantemente fazer com que o robô lhe dê ganhos. 

A ação desenvolve-se de maneira fantástica, sem ser repetitiva. Vibrante, o filme apresenta um Robocop implacável e ao mesmo tempo sentimental. Um herói que luta contra si mesmo, contra o seu próprio corpo artificial. 

Parece que José Padilha pavimentou seu caminho por Hollywood com essa película, que não decepciona nunca. Entrega muito bem o que propõe - ação e emoção em grandes doses. De tirar o fôlego.

Cotação: * * * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim, embora nos EUA não tenha feito tanto sucesso.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Nenhum.

segunda-feira, 3 de março de 2014

12 ANOS DE ESCRAVIDÃO ("12 YEARS A SLAVE", 2014)

File:12 Years a Slave film poster.jpgUm drama histórico, que retrata um período importante da história dos Estados Unidos. Estamos falando do grande vencedor do Oscar 2014, "12 Anos de Escravidão".  

A Academia resolveu eleger esse filme como o melhor de 2014 por seus méritos dramáticos. Não chega a ser uma história inovadora, ou mesmo inédita, mas as cenas fortes e cheias de impacto convenceram os eleitores do prêmio mais festejado e aguardado da sétima arte.

Particularmente, gostei do filme. Acho que poderia ser um pouco mais resumido mas, de maneira geral, a obra do diretor McQueen agrada os espectadores.

A atuação de Chiwetel Ejiofor, ator britânico especialista também em televisão e teatro, é simplesmente marcante. Ele imprime uma densidade dramática no personagem bastante convincente. Trata-se do negro Salomon Northrup, que era livre mas foi sequestrado por dois homens, sob o pretexto de um trabalho em Washington. Acorda acorrentado, com outro nome (Platt) e sem nenhuma perspectiva, a não ser o árduo trabalho de escravo, vivendo dessa maneira pelos doze anos que dão título ao filme. 

Não fossem os concorrentes de peso ao Oscar desse ano, certamente Chiwetel teria boas chances de levar o prêmio máximo do cinema. 

Tocante mesmo, no entanto, é a atuação da queniana Lupita Nyong´o. Ela faz Patsie, uma escrava que sofre vários abusos, principalmente de Edwin Epps, personagem este vivido com maestria por Michael Fassbender (que, aliás, é um ótimo ator e foi indicado ao Oscar de Coadjuvante, mas sem sucesso). Não se sabe ainda o futuro da atriz negra, mas ela demonstrou um bom talento, vivendo essa personagem interessante e marcante.

Como ponto negativo, destaco a pouca densidade dramática do reencontro de Salomon com sua família, doze anos depois. Não me pareceu muito convincente a emoção apresentada.

O filme é adaptado de um romance escrito pelo próprio Salomon ainda no século XIX. Ganhou, merecidamente, o Oscar de roteiro adaptado, o que demonstra coerência da Academia ao conjugar melhor filme e melhor roteiro adaptado.

Enfim, um bom filme dramático que venceu o Oscar, mas que não deve ser inesquecível e nem se tornará um clássico.

Cotação: * * * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS

3 Oscars (Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante para Lupita e Melhor Roteiro Adaptado).

Globo de Ouro - Melhor Filme Dramático.

sábado, 1 de março de 2014

OSCAR 2014 - AS APOSTAS DO BLOG

Aqui estão as apostas do blog para o Oscar 2014. Vamos à lista (as apostas estão em azul):

Filme : 12 Anos de Escravidão.  Podem ganhar ainda "Trapaça" e "Gravidade".

Ator : Matthew MacConaughey (Clube de Compras Dallas).

Atriz: Cate Blanchett (Blue Jasmine).

Ator Coadjuvante: Jared Leto (Clube de Compras Dallas). Pode ainda ganhar o somaliano de "Capitão Phillips". 

Atriz Coadjuvante: Lupita Nyong´o (12 Anos de Escravidão). Pode ainda ganhar Jennifer Lawrence, por "Trapaça".

Diretor : Alfonso Cuarón (Gravidade). Ainda pode ganhar David Russel, por "Trapaça".

Roteiro Original: Ela.

Roteiro Adaptado: 12 Anos de Escravidão.

Animação: Frozen.

Filme Estrangeiro: A Grande Beleza (Itália).

Canção: Mandela.

Fotografia: Gravidade.

Edição: Gravidade.

Design de Produção: O Grande Gatsby.

Figurino: O Grande Gatsby.

Trilha Sonora: Ela.

Efeitos Especiais: Gravidade.

Mixagem de Som: Gravidade.

Edição de Som: Gravidade.