Hollywood tem investido cada vez
mais na adaptação de livros de sucesso. “A Menina que Roubava Livros”, história
adaptada do livro homônimo do australiano Markus Zusak, é mais um desses filmes.
O longa, ambientado no período do auge, e da derrocada, do
regime nazista, conta a história de Liesel, filha de pais adotivos, que resolve
aprender a ler da maneira mais inusitada possível – roubando livros,
principalmente da biblioteca do Prefeito e de sua esposa. A história perpassa
os momentos mais trágicos da guerra, como o bombardeio das cidades alemãs. E a
trama se desenrola com esse pano de fundo. Mas o momento crucial é justamente
quando um judeu passa a ficar escondido na casa dos pais adotivos de Lisa. De
nome Max, é ele que escuta a leitura que a menina faz dos livros roubados.
Paralelamente, desenvolve-se uma história de amizade e amor entre a menina e um
menino, de nome Rudy (Nico Liersch).
A atuação da jovem Sophiel
Nélisse como Liesel é tocante, mas não chega a ser emocionante. Aliás, o filme
como um todo não traz esse sentimento de emoção ao público. Talvez a narrativa
peque por ser superficial, por apresentar personagens muitas vezes sem o
necessário aprofundamento. Um exemplo de personagem fraco é Max; outro, a esposa do Prefeito, que em certo momento compartilha os livros de sua biblioteca com a menina.
A amizade entre Liesel e Max
deveria ter sido melhor explorada. Max passa o tempo todo em estado letárgico,
sem nenhuma contribuição para o desenrolar da trama. Acorda para ver o
bombardeio, e só.
Embora brilhantes, os atores
Geoffrey Rush e Emily Watson, como os pais adotivos da menina, também ficaram
presos à superficialidade do roteiro, não desenvolvendo seus personagens a
contento - ou no nível que o talento dos atores merece.
Por tudo isso, chega-se à
conclusão que o filme provoca emoção pequena e instantânea. Ou seja, não ficará
na memória dos espectadores. Não gera impacto, nem emoção forte. Apenas uma
obra regular. Dizem que o livro é bem melhor.
Cotação: * *
SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.
SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.
SUCESSO DE CRÍTICA: Não.
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