segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

“A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS” (“THE BOOK THIEF”, 2014).

Ficheiro:A-Menina-que-Roubava-Livros-poster.jpgHollywood tem investido cada vez mais na adaptação de livros de sucesso. “A Menina que Roubava Livros”, história adaptada do livro homônimo do australiano Markus Zusak, é mais um desses filmes.

O longa, ambientado no período do auge, e da derrocada, do regime nazista, conta a história de Liesel, filha de pais adotivos, que resolve aprender a ler da maneira mais inusitada possível – roubando livros, principalmente da biblioteca do Prefeito e de sua esposa. A história perpassa os momentos mais trágicos da guerra, como o bombardeio das cidades alemãs. E a trama se desenrola com esse pano de fundo. Mas o momento crucial é justamente quando um judeu passa a ficar escondido na casa dos pais adotivos de Lisa. De nome Max, é ele que escuta a leitura que a menina faz dos livros roubados. Paralelamente, desenvolve-se uma história de amizade e amor entre a menina e um menino, de nome Rudy (Nico Liersch).

A atuação da jovem Sophiel Nélisse como Liesel é tocante, mas não chega a ser emocionante. Aliás, o filme como um todo não traz esse sentimento de emoção ao público. Talvez a narrativa peque por ser superficial, por apresentar personagens muitas vezes sem o necessário aprofundamento. Um exemplo de personagem fraco é Max; outro, a esposa do Prefeito, que em certo momento compartilha os livros de sua biblioteca com a menina.

A amizade entre Liesel e Max deveria ter sido melhor explorada. Max passa o tempo todo em estado letárgico, sem nenhuma contribuição para o desenrolar da trama. Acorda para ver o bombardeio, e só.

Embora brilhantes, os atores Geoffrey Rush e Emily Watson, como os pais adotivos da menina, também ficaram presos à superficialidade do roteiro, não desenvolvendo seus personagens a contento - ou no nível que o talento dos atores merece.

Por tudo isso, chega-se à conclusão que o filme provoca emoção pequena e instantânea. Ou seja, não ficará na memória dos espectadores. Não gera impacto, nem emoção forte. Apenas uma obra regular. Dizem que o livro é bem melhor. 

Cotação: * * 

SUCESSO DE BILHETERIA: Sim.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não.

PRÊMIOS: Nenhum, por enquanto.

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