quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"OS ESTRANHOS" ("THE STRANGERS", )

File:Strangersposter.jpgThrillers, na acepção do vernáculo de Shakespeare, não indica propriamente um filme de terror, mas sim um filme que mexe com o lado emocional das pessoas,  impingindo-as uma sensação de medo diante de situações de perigo e tensão. E, para exemplificar o que é um thriller, nada melhor que "Os Estranhos", um dos filmes com maior nível de suspense dos últimos anos.
O filme é um grande exercício do dueto suspense e terror. Estão ali todos os elementos responsáveis pela sensação de medo. Todos são clichês, não há novidades. Mas o tratamento recebido pelos realizadores do filme é digno de nota - os clichês bem trabalhados  resultaram em um ótimo filme, repleto de sustos e situações tensas.

O enredo é simples. Um casal em crise vai para a casa de campo depois de um casamento e, isolados, passam a ser assediados por uma família um tanto estranha e sem rosto - um homem e duas meninas. O que se sucede é uma jornada apavorante de terror, com direito a batidas na porta, aparecimento e desaparecimento de vultos dos vilões sem que os heróis percebam, escritos nas paredes, etc.

Os protagonistas, Liv Tyler e Scott Speedman, Kirsten e James, respectivamente, defendem bem seus respectivos papéis.

Enfim, um dos grandes filmes da safra de terror pós ano 2000, que vale a pena ser visto. E de luz apagada! 

Cotação: * * * *

TOP 100 - MELHORES THRILLERS DE TODOS OS TEMPOS

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim.

SUCESSO DE CRÍTICA: Não.

PRÊMIOS: Nenhum.

Crítica 33

sábado, 10 de novembro de 2012

"TYSON" ("TYSON", 2008)

File:Tysonfilmposter.jpgUm documentário extremamente interessante nos revela uma faceta mais humana daquele que foi uma das maiores lendas da história do boxe: Mike Tyson.

O "Iron Man" (Homem de Ferro), que sabidamente conta com uma história interessante, merecia um documentário à altura de sua lenda, e conseguiu. O primeiro filme sobre Tyson, da HBO, de 1995, também foi um bom filme (* * *), embora menos profundo que este.

A história do lendário lutador é mesmo um drama. Retirado do submundo do crime pelo mentor Cus D´Amato, Tyson começou a trilhar o sucesso nos campeonatos amadores até que, em 1986, destruiu no segundo assalto o até então campeão mundial dos peso-pesados Trevor Berbick. Seu mentor nem mesmo chegou a ver este sucesso. E a perda de Cus foi significativa para o que viria pela frente para a fera. Envolvimento com mulheres o levaram à bancarrota, tanto financeira, quanto esportivamente. O que se viu foi uma progressiva decadência do imbatível "Iron Man", até a sua primeira derrota, para o inexpressivo "Buster" Douglas e a prisão, em decorrência de suposto estupro praticado contra a jovem Desiree Washington.

O enredo é narrado pelo próprio Tyson que, no auge de sua sinceridade, torna mito alguns - a exemplo de Cus D´Amato e torna monstro outros - a exemplo de Don King, o inescrupuloso empresário de boxe.

Também o filme mostra o porquê de um dos episódios mais memoráveis de sua carreira - a mordida na orelha de Holyfield, na segunda luta entre os dois. Aliás, foram duas mordidas. A explicação de Tyson, que é também facilmente visualizável nas lutas: as cabeçadas dadas pelo "Real Deal". Holyfield usou e abusou de uma tática suja, para minar a resistência de Tyson, porque só assim poderia vencer. E Tyson, num acesso de fúria (dentre tantos outros que teve na vida), resolveu revidar. Não que isso justifique, mas sim ajuda a explicar.

Conta ainda outras curiosidades sobre o astro, como, por exemplo, a origem de sua tatuagem no rosto - homenagem aos maoris neozelandeses; a mudança de religião durante o período em que esteve preso; dentre outras tantas.

Enfim, Tyson é um personagem de que realmente tenho muito para falar, já que foi um dos meus ídolos no esporte - não na vida, diga-se. Considero firmemente que, se tivesse mais cabeça, Tyson poderia ser um dos três maiores pugilistas da história. Mas o seu exemplo de auge e decadência pode mostrar aos mais jovens algumas liçoes importantes, para que não cometam os mesmos erros.

Cotação: * * * 1/2

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Nenhum.

Crítica 32

"TYSON" ("TYSON", 2008)

File:Tysonfilmposter.jpgUm documentário extremamente interessante nos revela uma faceta mais humana daquele que foi uma das maiores lendas da história do boxe: Mike Tyson.

O "Iron Man" (Homem de Ferro), que sabidamente conta com uma história interessante, merecia um documentário à altura de sua lenda, e conseguiu. O primeiro filme sobre Tyson, da HBO, de 1995, também foi um bom filme (* * *), embora menos profundo que este.

A história do lendário lutador é mesmo um drama. Retirado do submundo do crime pelo mentor Cus D´Amato, Tyson começou a trilhar o sucesso nos campeonatos amadores até que, em 1986, destruiu no segundo assalto o até então campeão mundial dos peso-pesados Trevor Berbick. Seu mentor nem mesmo chegou a ver este sucesso. E a perda de Cus foi significativa para o que viria pela frente para a fera. Envolvimento com mulheres o levaram à bancarrota, tanto financeira, quanto esportivamente. O que se viu foi uma progressiva decadência do imbatível "Iron Man", até a sua primeira derrota, para o inexpressivo "Buster" Douglas e a prisão, em decorrência de suposto estupro praticado contra a jovem Desiree Washington.

O enredo é narrado pelo próprio Tyson que, no auge de sua sinceridade, torna mito alguns - a exemplo de Cus D´Amato e torna monstro outros - a exemplo de Don King, o inescrupuloso empresário de boxe.

Também o filme mostra o porquê de um dos episódios mais memoráveis de sua carreira - a mordida na orelha de Holyfield, na segunda luta entre os dois. Aliás, foram duas mordidas. A explicação de Tyson, que é também facilmente visualizável nas lutas: as cabeçadas dadas pelo "Real Deal". Holyfield usou e abusou de uma tática suja, para minar a resistência de Tyson, porque só assim poderia vencer. E Tyson, num acesso de fúria (dentre tantos outros que teve na vida), resolveu revidar. Não que isso justifique, mas sim ajuda a explicar.

Conta ainda outras curiosidades sobre o astro, como, por exemplo, a origem de sua tatuagem no rosto - homenagem aos maoris neozelandeses; a mudança de religião durante o período em que esteve preso; dentre outras tantas.

Enfim, Tyson é um personagem de que realmente tenho muito para falar, já que foi um dos meus ídolos no esporte - não na vida, diga-se. Considero firmemente que, se tivesse mais cabeça, Tyson poderia ser um dos três maiores pugilistas da história. Mas o seu exemplo de auge e decadência pode mostrar aos mais jovens algumas liçoes importantes, para que não cometam os mesmos erros.

Cotação: * * * 1/2

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim.

PRÊMIOS: Nenhum.

Crítica 32

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

"SOB O SOL DA TOSCANA" ("UNDER THE TUSCAN SUN", 2003)

File:Under the tuscan sun poster.jpg
Poster do filme.
Eis um filme que vai agradar em cheio o público feminino: "Sob o Sol da Toscana", baseado no livro homônimo escrito pela americana Frances Mayes.

O enredo é interessante. Tudo começa quando duas amigas homossexuais de Frances Mayes (isso mesmo, a própria escritora é a personagem do filme, interpretada pela bela Diane Lane) oferecem a ela a oportunidade de uma viagem à Toscana, em uma excursão para gays. Aproveitando o fato de que tinha acabado de se divorciar, aliado à problemas de concentração em seu apartamento (leia-se barulhos), a escritora resolve mesmo tomar rumo para terras italianas. Chegando em Cortona, encanta-se com a cidade e com uma casa e resolve ali ficar. Daí para frente, uma série de situações advindas do envolvimento da escritora na comunidade geram risos e dramas.

Diane Lane, embora não tenha um carisma formidável, empresta leveza e simpatia à personagem.


Destaque também para a interpretação pontual de Lyndsay Duncan, que faz Katherine. Em um dado momento, ela homenageia Fellini interpretando cena similar àquela de Anita Ekberg na Fontana de Trevi, famosa no filme "La Dolce Vita".

As locações em Cortona são belíssimas, assim como a fotografia. Também há uma parte rodada na Costa Almafitana, uma paisagem sublime, além de Roma e Florença.

O enredo, às vezes previsível, é mais interessante que pedante. E traz ótimas soluções ao final.

Curiosidade: realmente a escritora Frances Mayes adotou Cortona como cidade base, para as suas sempre presentes incursões literárias. Muito embora há muito de ficção no desenvolvimento do enredo do filme.

Enfim, um programa que certamente agradará em cheio ao público feminino, mas que também poderá servir de diversão à toda a família.

Cotação: * * *

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Sim, mas há controvérsias.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim, mas há controvérsias.

PRÊMIOS: Nenhum.

Crítica 31

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

"A HORA DO ESPANTO" ("FRIGHT NIGHT", 2011)

Um dos filmes emblemáticos dos anos 80, "A Hora do Espanto" é considerado uma das melhores obras do gênero, ou subgênero, terrir (terror + comédia), de todos os tempos. Lançado em 1985, é um filme extremamente interessante, com um bom roteiro e atuações memoráveis.

Não é o que acontece com esta versão "remake" de 2011.

Nesta, o filme não tem a mesma simpatia do original. Os próprios atores não conduzem seus papéis com o mesmo carisma dos anteriores.

A hístória é bem bolada. Nela, um adolescente percebe que seu vizinho é uma pessoa muito estranha. Com o tempo, descobre que é um vampiro. A partir desta premissa, situações divertidas e engraçadas se sucedem, até o desfecho.

O "remake" tem um clima mais pesado que o original, com uma filmagem bastante escura que desagradou, e muito, críticos de cinema em todo o mundo. É mesmo impossível discordar dessa crítica. A ambientação escura não faz bem aos olhos do espectador, e também não aumenta o terror.

Enfim, é um filme que não chega nem aos pés do original. Deixa a desejar. Serve, entretanto, como um entretenimento regular de domingo à tarde.

Cotação: * * 1/2

SUCESSO DE BILHETERIA: Não.

SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Não.

SUCESSO DE CRÍTICA: Sim, embora relativo. Considerado um filme mediano.

PRÊMIOS: Nenhum.

Crítica 30