Woody Allen é sempre uma atração à parte, seja como diretor, seja como ator. É ele que empresta vida a um filme apenas mediano: "Amante a Domicílio", de John Turturro.
Allen vive Murray, um personagem extremamente engraçado - é uma espécie de cafetão, que quer ganhar dinheiro às custas de um amigo. Assim, inicia a prostituição do amigo em meio a um bairro extremamente conservador, composto basicamente de judeus ortodoxos. Só não contava com o envolvimento do "gigolô" com uma judia ortodoxa. E com o conservadorismo do bairro judeu. A partir dessa premissa, desenrolam-se situações engraçadas, outras nem tanto.
O filme tem até uma premissa e um desenho de roteiro interessantes. Ocorre que o diretor não consegue desenvolver a contento o argumento. Assim, as situações engraçadas são escassas e pouco exploradas; alguns atores encenam personagens sem alma; a história de amor tem um desfecho decepcionante; e o suposto conservadorismo dos judeus ortodoxos também não é devidamente explorado.
Desse modo, o filme é apenas regular. Um desperdício de roteiro, talentos e da veia cômica de Allen.
Cotação: * *
SUCESSO DE BILHETERIA: Não.
SUCESSO PERANTE O PÚBLICO: Não, mas há controvérsias.
SUCESSO DE CRÍTICA: No Brasil, sim. No exterior, não.
PRÊMIOS: Nenhum.